Tudo volta.
Ainda bem.
Pior será no dia em que o retorno não acontecer.
Eu voltei.
As corujas também voltaram, se é que um dia se foram, mas estão de garras afiadas defendendo os ninhos, guardiãs incansáveis da prole diante do monstro- homem.
As "barricas" também voltaram - e de biquinis ainda menores! Bundas momumentais - no sentido de enormes - emoldurando pequenos pedaços de panos enfiados na carne e fartamente encobertos por protuberâncias. Barrigas imensas, mantendo o formato da última gravidez há bastante tempo e uma expressão facial de "não tô nem aí!".
Os maiôs comportados, cuja finalidade seria a de disfarçar imperfeições e excessos, acabam chamando mais atenção, como ave extinta e rara.
Os argentinos voltaram também.
Os gaúchos literalmente "se adonaram" do litoral catarinense.
Das beldades e celebridades não sei falar, pois elas não frequentam a minha praia.
Os cachorros continuam aparecendo, sozinhos, ou com donos mais irresponsáveis que os próprios.
As bolas seguem incomodando, sejam grandes ou pequenas, sempre acertando as pessoas que não fazem parte do jogo.
A caipirinha contiua ótima, a cerveja gelada, o milho no ponto.
E a minha turma segue dormindo demais, perdendo o melhor sol, disputando espaço na areia na hora pior e mais concorrida.
Ah, eu e o Cristiano continuamos nos consagrando como os melhores cozinheiros.
Vou caminhar. A praia me chama!
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