Por diversas vezes citei aqui a
necessidade de viajarmos de avião e olharmos pela janelinha. É um choque de
insignificância necessário para certos egos.
O que vemos além das nuvens? Grandes matas, grandes rios, grandes extensões de
terra e pequenos redutos de casas e formiguinhas feito carros, caminhões e
gentes espremendo-se entre elas. Pois essas somos nós, com nossos “imensos
problemas”, um nada diante
do que nos cerca.
Além
dessa constatação, tenho refletido sobre outro aspecto: como esses seres
minúsculos conseguem prejudicar tanto uma natureza tão majestosa? Será que
realmente causamos tanto estrago assim? Mesmo sabendo que a maioria do planeta
jamais foi sequer visitada por um ser humano?
Ontem, foi mais um dia em que ficamos catatônicos diante da TV, assistindo as notícias da tragédia que vitimou o candidato à Presidência - Eduardo Campos e mais seis pessoas, todos jovens, cheios de futuro e brilhantismo pela frente. Como uma avalanche, um tsunami,uma das chapas foi praticamente varrida do mapa eleitoral, exatamente aquela que faria a maior diferença no resultado do pleito e nas propostas apresentadas.
Como
sempre acontece nesses casos, atos de bravura, de coragem, de solidariedade
multiplicam-se e resgates milagrosos acontecem.A par disso, a vilania do ser humano também aflora e o sadismo de alguns proporciona cenas dantescas, fotos horripilantes , numa falta de humanidade absolutas, É o lado mais abjeto de alguns seres que nem podem ser chamados de humanos encontrando reciprocidade em outros , ávidos por ver e saber dos detalhes mais escabrosos, num desrespeito crucial à família e à memória do grande homem público que se foi.
Quem
fica? Quem vai? Quem determina?
Mais uma vez, diante da arrogância e prepotência de muitos, fica patente que não somos nada, não
temos poder algum diante de uma tragédia
dessas e, mais uma vez, tomamos consciência de que não passamos de formiguinhas atônitas.
Essa é a verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário