Nesta virada de ano, de 2013 para
2014, o Brasil praticamente parou! Pelo menos as cidades turísticas, os
serviços essenciais, as rodovias e os aeroportos entraram em colapso.
Aparentemente, há um grande descompasso
entre as Secretarias de Turismo de todo o país e as que se ocupam do abastecimento
e da mobilidade urbana. Pessoas são convocadas a desfrutar de lugares antes
inalcançáveis, através de passagens parceladas e carros financiados com IPI
reduzido e o que se vê é uma enxurrada de gente falsamente inclusas em pacotes
de viagens, superlotando terminais rodoviários, aeroportos e estradas, triplicando
os acidentes de trânsito, congestionando todos os lugares e recebendo um
serviço de péssima qualidade.
O mundo inteiro está regiamente
convidado a conhecer o Brasil, suas praias paradisíacas, seu povo hospitaleiro,
suas mulatas bundudas e o famoso jeitinho brasileiro de conseguir tudo que
quer, mesmo passando por cima dos outros, distribuindo propina, burlando leis,
dando tapinhas nas costas.
Chegando aqui, vindo de fora ou do
interior, o que se vê é desabastecimento no comércio, congestionamentos de
fazer perder a paciência até a um monge budista, torneiras sem água, geladeiras
derretendo pela falta de energia, praias imundas, assaltos, extorsões, falta de
educação constante e onipresente em todos os lugares, com música estridente,
lixo acumulado, descaso com os bens públicos.
Que inclusão é esta?! Da classe pobre
aos bens de consumo, ou da classe média ao inferno na terra?
Primeiro tem que educar! Ensinar
regras básicas de convivência social e cuidados com as coisas que pertencem a
todos. Polidez ao volante, sem querer passar na frente de todo mundo, andando pelo
acostamento, forçando ultrapassagens e ameaçando, com gestos obscenos, palavrões
e até armas a quem ousar discordar de seus métodos bárbaros de novo condutor.
Esperar sua vez na fila, procurar as lixeiras antes de descartar seu lixo,
cumprimentar, respeitar as vagas para idosos e deficientes físicos, ouvir suas
músicas apenas ao alcance dos próprios ouvidos, esquecer essa história de levar
vantagem em tudo, jamais se servir com as mãos nos bufês a quilo, para pagar
menos na hora da pesagem, não fazer xixi nas piscinas, tirar bem a areia antes
de entrar nas mesmas ou nos prédios, enfim, regras de civilidade que deveriam
ser incluídas ao cotidiano dessa nova classe social emergente, antes mesmo de
baixar os preços e facilitar o acesso aos locais hoje completamente destruídos
e depredados em nome de uma pseudo-inclusão.
Está duvidando? Assista aos telejornais
e leia os jornais! É o caos! E ainda falta o Carnaval!
Um comentário:
Muito triste o que se vê e ouve na mídia, parece que o povo não tem noção de liberdade, acha que pagando pode tudo. Quanto as praias, só se preocuparam em chamar a todos sem ao menos ver se podia e cabia todos sem que houvesse abastecimento idem.
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