Qual é o sentido da vida? Você já o
encontrou? Buscou-o ao menos?
Parabéns!
De minha parte concluo, a cada dia,
que a vida tem sentidos diferentes para as pessoas e que não podemos tentar
uniformizá-los. Assim, o sentido da vida para um monge budista, por exemplo,
daqueles que só recebem alimentos doados pela comunidade para não morrer de
fome e passam a via a rezar, desde tenra idade, certamente será bem diferente
do que entende da vida um playboy, um traficante, um mergulhador, um adepto de
esportes radicais, um missionário, um catador de papel, um magnata, um médico
famoso e um mendigo.
Neste momento em que você está aqui me
lendo, quantas pessoas estão sofrendo nos hospitais, ou na angústia terrível da
espera do resultado de um exame que deverá nortear sua vida para sempre?
Quantos lares estão sendo construídos e quantos destruídos? Quantas crianças
nascendo e quantas morrendo? Quantas flores desabrochando e quantas avalanches
destruindo tudo?
Será o sentido da vida momentâneo?
Assim, na hora em que vivemos cada coisa a vida assume uma razão diferente?
Quantos sentidos sua vida já teve?
Outro dia, num exame de rotina, minha
médica dizia que o câncer hoje é a segunda causa de morte no mundo, logo depois
das doenças do coração, mas que vai ser a primeira, segunda as estatísticas
médicas. Perguntei a ela porque a ciência estava perdendo essa batalha, quando
a história já mostrou que ela vencera tantas outras. Ao que ela respondeu: é porque o agente causador do câncer está no
meio ambiente, entre nós e nossos hábitos, impossível de ser isolado.
Assim, desde a péssima qualidade do ar, da água, do sol, de hábitos de vida,
hormônios nas carnes e nas pessoas, agrotóxicos, mercúrios, conservantes,
acidulantes, corantes, sem falar nos cigarros, no álcool, nas drogas e até no
carvão do churrasco e na água quente do chimarrão, tudo é cancerígeno!
Então, diante dessa realidade nem tão
nova mas sempre crescente, como encontrar o sentido da vida? Por que nascemos?
Por que sofremos? Por que morremos?
Os religiosos levam vantagem, os
espiritualistas também. Agora, quem não crê em nada... deve ser absurdamente
frustrante viver assim, contemplando tanta miséria humana, tanto sofrimento,
tantas atrocidades, tantas calamidades!
Há o jeito avestruz de ser, é claro! Enterramos
a cabeça na areia e só a tiramos quando nos interessar, estreitamos o círculo
só até a nossa porta e bloqueamos nossa capacidade de reflexão. É uma saída.
Mas quem consegue?!
Um comentário:
Tem dias q penso q o sentido da vida p mim, é sofrer, nunca vi tanto sofrimento por ser bipolar, contruir e ao msmo tempo destruir, ter e de repente já não ter mais, perdas intensas... Assim convivo c minha bipolaridade, dias subindo dias descendo...
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