Quem não gosta de ler Martha Medeiros?
Na verdade, por incrível que pareça, além de inúmeros fãs,
conheço três ou quatro criaturas que dizem ter aversão a ela.
Por que será?!
Porque conta coisas do seu dia-a-dia? Mas ela é cronista!
E o bom cronista sabe tornar interessantes fatos
corriqueiros, que passam diante do nariz
de todo mundo e só ele traduz em palavras; ou pinçar notícias publicadas pela
mídia, enriquecendo-as com suas reflexões e fazendo seus leitores refletirem também.
Nem tudo na vida é ficção e, em alguns dias, preferimos
esmiuçar o cotidiano a criar histórias fantásticas. Este é o papel do cronista.
Viviane Bevilacqua, boa cronista do Diário Catarinense,
criou uma reflexão deliciosa sobre os contos infantis, surgida no momento em
que os recontava para as crianças de hoje e percebendo o quão distante estão da
realidade desses novos pequeninos.
Alguns escritores e leitores pensam que se escondem sob uma
literatura em terceira pessoa. Muita ficção é bem mais autobiográfica do que
seu autor pretende. E muita crônica, aparentemente surgida a partir de vivências
pessoais, desvincula-se bem mais da história do autor do que possa parecer.
O autor está sempre presente no que escreve, nem que seja
como negação do que concretamente apregoa.
E não adianta negar!
Um comentário:
acho que ninguém nega mesmo,rsrs não gosto da Martha Medeiros porque não gosto de crônicas, prefiro concluir os assuntos por mim mesma. Fernanda Young eu gosto, ela é inteligentíssima! bjs
Postar um comentário