Parece uma afirmação óbvia, mas tem gente que confunde.
E acha que, quando somos intransigentes com a bandidagem,
estamos sendo preconceituosos e pouco solidários.
Nada disso.
Pobre é pobre e, se esforçando bastante, dificilmente
chegará a ser rico, mas pode muito bem sair da pobreza.
Bandido é bandido, tem má índole, caráter defeituoso e não vê
obstáculos para atingir o que quer. Pouco se importa com seu semelhante.
Trabalhei muito em comunidades carentes, fiz grandes amigos,
ajudei vários alunos a se firmarem na vida e a conseguirem exercer uma
profissão. Gosto de gente simples, que se esforça e sabe se divertir.
Desde o gatinho maltratado, o passarinho morto a pedradas, o
cãozinho mutilado, tudo indica que ali se encontra um ser humano que nem merece
pertencer a essa categoria, pois não possui humanidade. Depois, vêm os maus
tratos com os idosos, o desrespeito aos familiares, os vícios, os furtos, as
companhias escolhidas por afinidades criminosas, até chegarem aos assassinatos
e à crueldade com quem nunca lhe fez mal algum.
No caminho, vão encontrando cabeças desmioladas que admiram
a maldade e a truculência e vão semeando filhos aqui e ali, ajudados por uma
sociedade permissiva e tolerante, que acha que ajuda quando não se envolve, nem
pune.
Quem me conhece sabe que eu nem precisaria escrever este texto
para salientar a diferença entre pobre e bandido.
Escrevo para quem me conhece pouco e que, inadvertidamente,
pode considerar sinônimas situações tão diferentes.
Pobre merece ser ajudado, incentivado, puxado para além do limite
da pobreza.
Bandido tem que ir para a cadeia, uma cadeia que o faço repensar
seus atos, trabalhar duro para poder comer e sem regalia alguma.
Além disso, bandido não tem idade e muito antes dos dezoito
anos eles já sabem exatamente o que estão fazendo e o fazem por gosto, por
ambição, por maldade e não por necessidade.
Tenho dito.
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