O Brasil vai sediar os Jogos Olímpicos de 2016, ou melhor, o Rio de
Janeiro vai.
Como brasileira, fiquei arrepiada ao ver nosso país suplantar a bela Madri, a
rica Chicago e a moderna Tóquio.
As imagens da Cidade Maravilhosa suplantaram sua carga negativa de violência.
Que bom! Estava na hora de se resgatar um pouco a beleza carioca para o mundo,
outrora cantada em verso e prosa e hoje sufocada pelas "tropas de
choque", "cidades de deus" e coisas do gênero.
Só fui ao Rio uma vez e apenas visitei os pontos turísticos. Paguei sempre mais
caro para ir até o Nordeste, fugindo do tráfico e das balas perdidas. Nem
cheguei a "sentir" a cidade; gostaria de ter ido aos bares da Lapa à
noite, ao Canecão, ao Teatro Municipal, mas nunca fui.
Em 2016 Lucas terá treze anos, Bruna oito e Alice três. Caramba! Hoje eles
ainda são tão pequenininhos!
Eu estarei alguns anos
mais velha... será que pesarão muito? Depende da quantidade de problemas que
enfrentarei até lá e da qualidade de vida que terei, além da proteção divina e
de um pouco de sorte.
Minha mãe terá noventa e sete anos (se Deus quiser terá!) e terei dois filhos
quarentões. Ai, ai, ai... agora doeu!
É
meus amigos, quantos de nós ainda estaremos por aqui e de que forma estaremos?
Ninguém sabe. Ainda bem.
Dificilmente
irei ao Rio e assistirei aos jogos, pois deverá ser tudo caro, complicado,
esgotado, com a cartolagem reservando os melhores lugares, o povo se
acotovelando nas filas (na melhor das hipóteses), de forma que acabarei
assistindo pela televisão, como sempre, da mesma forma que faria se os jogos
acontecessem em qualquer dos outros países.
Gostaria
de assistir a todas as modalidades de ginástica, à natação, ao hipismo e
ao vôlei. Para mim já estaria de bom tamanho. Mas acho que nem vou tentar.
Bem,
até 2016 muita água passará por debaixo dessa ponte e nunca fui muito adepta
dos planos com muita antecipação, portanto, ainda festejo agora a escolha de
nosso país, mesmo que fortunas estejam sendo gastas para a Copa do Mundo (que
vem antes), da qual falo pouco porque o futebol me atrai cada vez menos.
E
que venha a Olimpíada!
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