“Um erro em bronze é um erro eterno”, disse o poeta Mário
Quintana, justificando sua dificuldade para escolher um poema que seria
colocado numa placa de bronze em sua cidade natal (Alegrete – RS).
Mário não quis errar
em bronze, enquanto tantas pessoas erram em sangue e carne, fazendo filhos sem
querer, por pura incontinência sexual, e depois os renegam pela vida afora.
Para os pais, os
filhos demoram um pouco a se tornar realidade, uma vez que não os carregam no
ventre, não sentem seus chutes, nem as dores do parto.
Quando a paternidade
não é desejada, mas há convivência, aos poucos o amor vai surgindo, o bebê vai
conquistando e ocupando o espaço que lhe é de direito. Entretanto, há pais que
a lei consegue obrigar a reconhecer seus filhos e a pagar pensão alimentícia a
eles, todavia não há lei que os obrigue a vê-los, cuidá-los, amá-los.
Quem perde mais com
isso? O filho que se criou sem pai, ou o pai que não teve o amor do filho?
De repente, com o
advento das redes sociais, o filho ignorado aparece, ostentando os traços do
pai que o renegou, aproximando-se da família, pouco a pouco se reunindo àqueles
que têm seu sangue e sua cara.
Será que basta? Mesmo
que haja um encontro, será que vai compensar uma ausência tão prolongada?
Filhos adotivos são
mais fáceis de amar do que filhos legítimos criados tão distantes. A
convivência é fundamental. O colégio, a febre, o futebol, o machucado, o colo,
a torcida, o abraço... isso não tem preço, nem conserto. Existe ou não existe e
tem que ser na hora certa.
Pais, filhos, é
preciso muito mais do que um sobrenome, ou uma certidão de nascimento para sacramentar
esta relação. Fazer filhos é fácil, para os jovens cheios de hormônios é fácil
até demais. Só que isso não os torna pais.
Ser pai é ser como
meu avô, como meu pai, como os meus filhos (que pais extraordinários!), o anjo
da guarda dos seus filhos 24h por dia, todos os dias.
Fora isso, serão
sempre apenas um traço fisionômico ou as letras de um sobrenome. Muito triste.
Um comentário:
Oi Maria Luiza!
Estava tentando enviar meu comentário,já tinha feito sobre tua paixão pelos livros, o que considero que é também minha paixão também. Acredito que os livros só são divulgados com alguns comentários,as vezes pobres, quando mais vendidos,por uma questão de propaganda...e ainda tem os livros que antes de serem vendidos são programados a vender,BEM!Mas li muitos livros maravilhosos orientada por crõnicas que leio em jornal!
sobre ser avó, que texto lindo ,tens uma doçura muito particular de falar na sensação universal de eternidade,que ocorre ao aumentar nossa descendência nos filhos,para quem não é vó, como eu ainda não sou,dá uma imensa expectativa.
Muito polêmico é o tema das misses infantis.Realmente gostaria de postar lá minha opinião.Acredito que seja tudo uma anuência promovida pela vaidade das mães.Pode até começar com uma insensata corujice, mas...da insensatez ao delírio de que o poder faz a felicidade e o poder está na beleza...é uma coisa que viceja sem controle agora neste nosso tempo...ou, quem sabe é alguma coisa desde que o mundo é mundo.
Sobre as novelas que levou a dissertar sobre o encanto dos homens mais velhos frente as mocinhas acredito que é o mesmo assunto Poder;dos velhotes apossível virilidade,nem que seja comprada, e das mocinhas o poder da belza lhes dá o referencial de poder, iates,jóis,carros, e blá blá..mas isto é tão velho como o mundo, e ,francamente não me me incomodo com isto..a não ser que descambe para a neurose ou psicose...assim quando se dão aqueles lamentáveis acidentes,assassinatos etc etc.
Sobre o tema Enganos,que descreves a começar pela citação de Mário Quintana sobre o erro em bronze e comparas com a paternidade negada,que algumas crianças sofrem.De qualquer modo tenho receio de opinar sobre isto,mas vamos lá.Na realidade a mãe é que tem ,na função de procriar,o maior contato o maior convívio em com certeza..poderia se pensar o maior afeto,o que faz se considerar ,para a mãe,filho ser uma religião,da qual ela,a mãe escolhe o pai.Acredito que desta escolha decorre todo o resto...ser pai pode mudar uma pessoa? Acredito que sim,a maternidade muda porque não a paternidade?Mas as mudanças são próprias do caráter de cada um,mas isto é eu que penso.
Cada macaco no seu galho:Marisa Luiza,este mundo tornou-se uma aldeia,e todos moramos nela...desde sempre foi assim,tu tens razão de pensar assim, mas quem governa não é tão simplista e o poder econômico é o PODER e sempre vai ser.Deus querira que os homens próximo a este poder mantenham a lucidez e tenha a sensatez nescessária.
Sobre chorar..é quem tem mais estratada de vida tem eses momentos , mas todos queremos viver mais e morrer menos.A morte não está na nossa agenda de vida, como li da Martha Medeiros,então..vamosindo até onde a lucidez nos favorece em criatividade,para poder viver bem a vida,que as vezes com coisas tão simples e prazeirosas,nos devolvem alegria..como esta.
tua,nem tão simples: escrever as coisas da vida,é duplamente rica,pois com teu prazer,nos proporcionas prazer,então..tim tim a viver a vida!
Beijo querida,e para não ser eu tão cansativa ainda vou tentar poder deiz=xar meus comentáreos...e por favor,doutora e professora...nunca releio o que escrevo....tente desligar da acentuação,,daortografia,das concordâncias verbais..sei que existem...mas não as cumpro ,como deveria...meu jeito de viver a vida,rsrsrsrsrs!
Beijos,e obrigado por lembrar de me enviar,me presenteias com um bom domingo!
Gilda
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