sábado, 24 de novembro de 2012

INDIGNAÇÃO



Que bom que, aos sessenta anos, não perdi a capacidade de me indignar! E usar minha única arma – a palavra – para manifestar minha indignação.
Chega de tapar o sol com a peneira e tentar resolver este caos social com medidas paliativas, de cima para baixo, do fim para o começo.
Desde quando os jovens bandidos de quinze, dezesseis, dezessete anos não sabem o que fazem?! Sabem atirar, abrir e ligar carros, dirigir, votar e até filhos fazem!
E os bandidos mais velhos, traficantes, ladrões, assassinos, terroristas, será que é por fome ou por falta de oportunidades que estão no crime, ou porque querem tudo de mão beijada, sem precisar madrugar, estudar e trabalhar anos a fio, ganhando pouco?
Por que pessoas sem os mínimos recursos e sem responsabilidade colocam filhos no mundo e o ônus é nosso? Até pílulas e vasectomia o Governo distribui de graça! Eles exibem o bebê, assim como fazem com os filhotinhos de animais domésticos, enquanto são pequenininhos, engraçadinhos, depois cansam, enjoam e jogam na vida para se virar.
Os defensores dos “direitos humanos” tratam o problema como se só existissem pessoas extremamente ricas, dessas cheias de iates, carrões, mansões e, do outro lado, favelados. E esquecem que quem paga o preço de todos os desmandos, na verdade, é a classe média, a classe trabalhadora, que estuda, educa os filhos, trabalha e vive acuada, perdendo o pouco que conseguiu conquistar na vida na mira de um revólver. Estas são as verdadeiras vítimas, pois não dispõem de alarmes, seguranças e proteção policial.
A gente faz os filhos estudarem, aprenderem uma segunda língua, praticarem esportes, repetirem sempre as “palavrinhas mágicas” da boa educação e daí vem um “menor” que nunca ouviu um “não”, dormiu o tempo que quis, roubou o que desejou possuir, usou drogas, traficou e agora está se especializando em matar e acaba com todo o esforço e os sonhos da pobre família da classe média!
Pobreza não é desculpa, preconceito também não – o Ministro do Supremo Tribunal Federal que o diga!
Você vai ficar aí, de braços cruzados, vendo seus pequenos sonhos ruírem?
Vamos nos mexer, nos mobilizar e lutar pelo que conquistamos! Sem injustiças, sem armas, sem truculência, mas com JUSTIÇA! Que os pobres vençam na vida, não passem fome, realizem seus sonhos, mas bandido não!
Tem tanta gente aprendendo, descobrindo, ajudando, enquanto outros só pensam roubar, matar, machucar e tornar essa gente batalhadora refém de suas armas e da sua maldade.
Chega de bolsas, indultos, visitas íntimas, regalias! Não é isso que recupera bandido! O que recupera é trabalho, plantar para poder comer, aprender uma profissão, seguir uma religião que resgate ou ensine valores reais. De nada adianta construir mais e mais cadeias se elas funcionam como escritório do crime, da corrupção, da vilania humana. Menos cadeias e mais seguras, mais higiênicas e mais produtivas. O preso é que limpa, planta, colhe, cozinha, costura, pinta, constrói, estuda, reza e aprende o que nunca lhe foi ensinado.
Aos incorrigíveis bandidos, aqueles maus até a medula – masmorra!
Como falou a personagem Morena da novela “Salve Jorge!”:
“A PESSOA NÃO ESCOLHE ONDE NASCE, MAS ESCOLHE AONDE QUER CHEGAR!”

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