Neste início de semana parece que estou anestesiada, sem assunto.
Logo
agora que "meu bebê" cresceu e eu tenho mais tempo livre,
parece que a fonte secou, que nenhum assunto merece comentário, que tudo já foi
dito.
Deve
ser culpa desses ventos primaveris.
E
o final do ano já está aí, batendo à porta. Gosto de anos ímpares, parece que neles
minha vida anda mais, realizo mais coisas, percebo mudanças. Embora não tenha
queixas de 2012. Nem poderia, já que nele realizarei o sonho de ver eternizado um novo livro.
A
falta de um bom tema me fez recordar meu pai. Ele não falava mal de ninguém e
não permitia que falassem na sua frente. Dizia que, se não encontrássemos
nada de bom para dizer da pessoa, que não disséssemos nada. Também detestava
"assuntos fúteis", esses de mulheres comentando roupas, namoros, etc.
Eu
tinha uns 5 anos quando minha irmã, mocinha, contava para minha mãe detalhes do
baile que fora, os figurinos, os encontros, etc. Elas, empolgadas com o
assunto, não perceberam a crescente irritação do pai, prestes a cortar
rispidamente o papo. Eu percebi e, na falta de mote melhor, soltei:
-
Yara, vamos falar no Sputnik?
Não
me ocorreu nada mais sério, pois era o assunto do momento, e todo mundo caiu na
risada, desfazendo o mal estar. Virou piada familiar. Volta e meia, quando o
assunto entre irmãos, cunhadas, pais, filhos ameaça se tornar polêmico demais,
alguém diz: - Vamos falar no Sputnik?
Então,
hoje, ao invés de enveredar por assuntos que não me seduzem, preferi lembrar do
tal foguete russo.
E
você, está pensando em quê nesta segunda-feira?
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