segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SE EU ME AMASSE...



         Se eu me amasse, certamente faria algumas coisas diferentes, as quais me proponho ano após ano e deixo de cumprir. Pensando bem, se eu me amasse MESMO, penso que não me cobraria tanto, seria mais indulgente, mais permissiva, mais compreensiva com minhas fraquezas.
         Deve ser por pouco amor que ainda não cumpri nem a metade das prioridades que listei para 2012, notadamente as mais importantes e, por isso mesmo, mais trabalhosas.
        Se eu me amasse já teria voltado ao piano, onde Chopin, Beethoven, Schubert e tantos outros me esperam há bastante tempo.
        Com um amor mais consistente eu teria voltado a cantar, além das missas, nem que fosse num Coral da tal de terceira idade, da qual me aproximo perigosamente.
        Poderia espalhar meu amor por mim mesma numa pista de dança, ao invés de esteiras, fazendo uma das coisas de que mais gosto - dançar!  Mesmo com um amorzinho de liquidação eu poderia, pelo menos, caminhar com regularidade, ao invés de ficar adiando indefinidamente a volta para a academia.      
         Por pouco amor, ou baixa auto-estima, ainda não senti aquele clic para mergulhar numa dieta, ao invés de ficar apenas reparando no quanto o Faustão envelheceu depois que fez a cirurgia de estômago.  Ou ficar comparando protuberâncias com pelancas e coisas do gênero.
     Pelo menos encontrei em mim amor suficiente para criar um tempo de organizar e publicar meu segundo livro de crônicas, terminar o de contos e  agora só falta um amorzão para iniciar o romance.
       Penso que, por não me amar como deveria, fico cobrando a participação de vocês, instigando-os a ler este blog, mendigando seus comentários.
                      Agora, se me falta tempo para muitas coisas (e falta mesmo!), um dos motivos é pequeno, esperto, gracioso e muito amoroso. O outro, bem o outro é vital para toda a família.
        Querem ver?   




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