quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RAZÃO SEM EMOÇÃO

            A idade da razão, qual é mesmo?
          Bom, deve ser depois dos cinquenta, porque os quarenta são fogo ainda!
          Quando começamos a envelhecer? Ou melhor, quando nos damos conta disso?
           Uma pista é quando lembramos dos erros e acertos passados e não entendemos como lhes dávamos tanta importância, como podíamos sofrer por "aquilo", como parecia tão bom.
          Você já experimentou comer um doce que comia na infância e adorava e não sentir prazer algum? É porque boa era a infância,o momento, a vida e não o doce.
          Assim acontece com os príncipes e as princesas encantadas. Passado muito tempo concluímos que eles e elas não tinham nada de especial, nem beijavam direito, nem sabiam dançar, nem diziam coisas interessantes ou inteligentes, nem tão bonitos eram. Por que então tanto desejo, tanto sofrimento, tantas lágrimas?
          Parece que outro atributo que adquirimos com o passar do tempo é o critério de exigências cada vez maior. Com a maturidade a tolerância diminui, já não fazemos "vista grossa" para os deslizes e não é qualquer agradinho que nos seduz.
           Deve ser a lei da compensação. Se já não sentimos como antes, se já não amamos e odiamos como outrora, se nossas lágrimas se reservam para os grandes motivos ou as grandes emoções, pelo menos não nos sujeitamos a parceiros medíocres, relaxados, de humor duvidoso e beijos insossos.
          A natureza é sábia e está sempre certa. Os que a contrariam, ou tentam contrariá-la, enganando-se e pensando enganar os outros é que acabam por se dar mal.
          A razão aumenta e a emoção diminui. É a lei da vida.
         Agora, dá mais trabalho conquistar um(a) parceiro(a) maduro, entretanto, quando se consegue... vale muito a pena!

3 comentários:

Francisco Carlos D'Andrea (francari) disse...

Maria Luiza:
Que facilidade para ir ao ponto chave da questão: não era o doce que era bom, era a infância.
Quando vc percebe isto já não procura mais o sabor perdido do doce, mas sim o "sabor de infância" que permanece na lembrança. Grande abraço do
Francisco Carlos

Anônimo disse...

Maria Luiza:
Sempre é muito gratificante, ler o que escreves. Deleito-me ao fazê-lo.parabéns. Bjs. gladis

Jeanne Geyer disse...

Concordo com toda a teoria, mas infelizmente ainda sou e parece serei sempre emoção.
Mas lançar um olhar demorado e cuidadoso ao passado sempre é gratificante, quanto aos principes e sapos, melhor conservar os bons momentos, eles são como reservas para os maus dias,srsrs
beijos