Se, por um lado, tudo muda num ritmo alucinante, valores são descartados sem que se coloque outros no lugar, por outro lado outras coisas continuam enervantemente iguais, não se sabe porque.
A cama de casal, por exemplo, foi criada por quem e para quê? Ao que se sabe, os monarcas tinham seus próprios aposentos (onde recebiam a esposa e as concubinas) e as rainhas, igualmente, desfrutavam de aposentos próprios, cheios de aias e mucamas, onde até os filhos eram levados apenas para cumprimentá-las.
Os jovens adoram dormir juntos, "de conchinha", e alguns casais mais velhos também, seja por acomodação, hábito ou pelo prazer de dormir e despertar conversando.
Para transar qualquer cama serve (até de solteiro), portanto, não seria esta a finalidade principal da tal cama.
O que me conduziu a esta reflexão foi o fato de ouvir tantas reclamações, inclusive de casais que se querem bem, quanto à péssima qualidade do sono em virtude de incompatibilidades, digamos "noturnas". Já nem cito o ronco, porque este é o maior fantasma que assombra principalmente as mulheres. Homens acima do peso, apreciadores de uma gelada e uma carne gorda costumam condenar suas parceiras a noites insones e dias irritadiços.
Além deste conhecido problema, há os que sentem muito frio enquanto o companheiro morre de calor; os que preferem cobertor e os que só aceitam edredon; os que lêem na cama até dormir e os que só dormem se o quarto estiver escuro; os que dormem embalados pelo ruído da TV e os que não suportam barulho para dormir; os que bebem água e fazem xixi no meio da noite e os que se acordam com o menor movimento na cama e mil outras coisas que, por si sós, justificariam o hábito de camas ou quartos separados para casais num mundo cada vez mais independente e individualista.
Mulheres executivas ainda trocam o sobrenome de sua mãe pelo do marido. E depois se separam e passam um trabalho danado para refazer todos os documentos outra vez.
Por que será que certas convenções são mais duradouras? Foi bem mais fácil aceitar o casamento sem virgindade do que imaginar um casal dormindo em camas separadas.
Vá a gente entender bem a cabeça das pessoas e as convenções sociais!
Além deste conhecido problema, há os que sentem muito frio enquanto o companheiro morre de calor; os que preferem cobertor e os que só aceitam edredon; os que lêem na cama até dormir e os que só dormem se o quarto estiver escuro; os que dormem embalados pelo ruído da TV e os que não suportam barulho para dormir; os que bebem água e fazem xixi no meio da noite e os que se acordam com o menor movimento na cama e mil outras coisas que, por si sós, justificariam o hábito de camas ou quartos separados para casais num mundo cada vez mais independente e individualista.
Mulheres executivas ainda trocam o sobrenome de sua mãe pelo do marido. E depois se separam e passam um trabalho danado para refazer todos os documentos outra vez.
Por que será que certas convenções são mais duradouras? Foi bem mais fácil aceitar o casamento sem virgindade do que imaginar um casal dormindo em camas separadas.
Vá a gente entender bem a cabeça das pessoas e as convenções sociais!
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