Parece título de filme pornô, romance de quinta ou livro de auto-ajuda. Mas não é nada disso.
Refiro-me à incessante busca de satisfação pessoal, alegria, prazer mesmo em seu sentido mais amplo, além do sexual.
Esta reflexão partiu da constatação de que a maioria dos meus amigos e conhecidos, contemporâneos, engordaram bastante (a gente vê no Orkut). Sei que há uma implicação hormonal que não pode ser desprezada, todavia, uns pararam de fumar, outros sofrem com a "síndrome do ninho vazio", há ainda os inadaptados com a aposentadoria e o pecado que todos mais cometem é mesmo o da gula.
Não há mais tanta pressa, a vida se arrasta num ritmo agradável, preguiçoso, sem estresse. O dinheiro dá para as guloseimas mais caras e os filhos, já distantes, não disputam cada quinhão, comendo aquele queijo fino como se fosse muzzarella, ou bebendo aquele vinho carésimo como se fosse vinho pra sagu.
Os espirais de fumaça, testemunhas de tantas proezas, foram banidos em prol do resgate daquilo que o cigarro não chegou a destruir. Então, como resistir aos sabores que a vida oferece, principalmente a quem tem alma de gourmet?
É a busca incessante pela tal da serotonina, da adrenalina, da noradrenalina e sei lá mais o quê!
Regimes de fome, malhação insana, tudo já teve sua época e sua motivação.
Hoje a vida flui sem tantas mudanças radicais, sem tantos objetivos inalcançáveis, sem tantos propósitos mirabolantes.
Parece chato, monótono, enfadonho? Às vezes realmente é.
Mas só até a próxima degustação.
Quando o prazer se concentra na boca e no estômago a coisa está feia... quem sabe ainda há lenha pra queimar sob esta capa de gordura?
Sei lá!
Um comentário:
Eba! legal saber que tem mais gente entediada por ai, pelo menos não estou só,rsrsrs..
Tenho uma bendita gastrite que me restringe da quase totalidade das guloseimas possíveis, portanto nem este prazer ficou,rsrsrs
e ainda dá risada a coitada, deves estar pensando...
Beijos gelados (sem café nem vinho)
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