segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

TRAGÉDIA ANUNCIADA

  

               Em 2019, a pandemia de Covid-19 pegou a todos de surpresa. De um dia para outro vimos, apavorados, pessoas adoecendo, eventos cancelados, escolas fechadas e toda aquela sucessão de sustos, medo, desemprego e fome.

               2020 foi difícil e a primeira metade de 2021 pior ainda. Mais de 620 mil famílias choraram a perda de seus queridos e uma mancha de tristeza vai acompanhar para sempre quem viveu isso tudo.

              No finalzinho do ano tivemos um refresco. Finalmente as vacinas chegaram e começaram a dificultar a circulação do vírus. Depois de tanto tempo isoladas, as pessoas resolveram comemorar, reunindo-se, viajando, lotando os shoppings e as praias, relaxando no uso de máscaras, esquecendo de higienizar as mãos, enfim, buscando resgatar nesse final de ano tudo o que não puderam viver nos anos anteriores.

               Só que o vírus não relaxou e continuou se modificando para enganar as vacinas e adoecer os incautos. Países ricos deixaram de ofertar vacinas aos países pobres e foi lá mesmo que chegou a variante Ômicron, extremamente contagiosa! E a pandemia sofreu novo “boom”, principalmente no Continente Europeu, dali se espalhando para os outros países a bordo dos seus jatos.

              Preocupados em tomar a vacina da Covid, muitos deixaram de se vacinar contra a gripe e a Influenza também se modificou e voltou a atacar ferozmente. H3N2 é o nome da nova onda de gripe, quase tão perigosa quanto a Covid, atacando também o sistema respiratório das pessoas. Emergências e hospitais lotados outra vez.

              Pensam que acabou? Nada disso! Agora os vírus resolveram se juntar para derrubar ainda mais gente e surgiu um subtipo do vírus Influenza A conhecido como Darwin, que tem gerado preocupação. A identificação dos casos é difícil porque são duas doenças respiratórias com sintomas semelhantes. O primeiro caso parece que surgiu com uma gestante em Israel na virada do ano e a infecção recebeu o nome de “Flurona”. De acordo com o hospital onde ela estava internada, a gestante não havia sido vacinada contra nenhuma das duas doenças.

               Resumo da ópera: a pandemia não acabou! Falta avisar principalmente o setor do turismo, os comerciantes, os prestadores de serviço e os baladeiros que ninguém está seguro ainda. E que aquele mapa azulzinho, com todos os estados em queda no número de casos e mortes já é coisa do passado.

                Desta vez a gente sabia. Os números na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos não deixavam dúvidas quanto ao perigo do relaxamento nos protocolos de cuidados e na vacinação. Mesmo assim, nosso país resolveu comemorar o Verão e as festas de final de ano como se não houvesse amanhã. E a conta começa a chegar. O Carnaval está logo ali!

              Talvez, para falar sobre a pandemia, baste eu utilizar os textos do ano passado... infelizmente.

                E eu queria muito poder falar de tantas outras coisas!

               Que Deus proteja nossas famílias e nossos amigos! Amém.


 

 

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