domingo, 20 de maio de 2018

MINHA VIAGEM AO JAPÃO - PARTE 2

Estou passando muito trabalho para fazer esses relatos!
Não é fácil colocar muito texto e muitas fotos no blog.
Some tudo, não publica, engole fotos, enfim, há dois dias não saio da frente do computador e só consegui publicar pela metade uma primeira parte.
E nenhum dos tantos vídeos que fiz...
Tive que separar e, mesmo assim, não consigo postar tudo o que eu quero. Infelizmente. 

Vamos lavar roupa?
Mas primeiro precisamos decifrar os comandos...


 Usar o micro-ondas deveria ser mais simples...

Pelo menos, com uma moedinha podemos comprar água, refrigerantes ou sucos gelados. tem máquinas dessas em toda parte.


Para evitar o assédio, alguns vagões dos trens são só para as mulheres.




Ontem fomos assistir o famoso teatro kabuki.
Só atores homens, como na Grécia antiga, fazendo os papéis de homens e de mulheres, muitos com a voz fina vestidos de gueixa.
Todos com o rosto branco e cabelos arrumados, ou com perucas.
Pela primeira vez no Japão, muitos idosos em frente ao teatro e na plateia.
A maioria compra ingresso para o dia todo, pois a peça se desenvolve em atos com intervalos desde manhã até à noite.
Levam marmitas, ou compram refeições no teatro e passam o dia na função.
Para os turistas, vendem ingressos lá na parte de cima para atos isolados.
Gente de diversas nacionalidades, os alemães eram os mais barulhentos.
Vendem 90 ingressos sentados e 60 em pé.
A gente fica horas na fila para comprar o ingresso e mais horas para entrar. Não tem lugar marcado. Os japoneses são muito metódicos e fazem fila para tudo, sem confusão, há sempre muitos jovens uniformizados organizando tudo.
Eles alugam um aparelho tradutor para que se possa acompanhar em inglês.
Eu preferi acompanhar o desempenho dos atores e meu filho me contou a história que acompanhou em inglês.
O teatro é bem monótono, acompanhado de unicamente por um shamisen , aquele instrumento de uma corda só e por um contra-regra marcando o ritmo numa tábua bem barulhenta que não sei o nome.
Ao meu lado, um japonês ressonava... isso que ele entendia tudo o que diziam...
Mas queria muito conhecer e conheci.
Eles não permitem fotografar nem filmar. Avisam isso mil vezes, em todas as línguas e ainda colocam uma moça de uniforme de frente pra plateia cuidando algum deslize, ou um clic furtivo.
Ah, e as pessoas de vez em quando gritam o nome dos atores depois da fala deles.
Os aplausos são discretos, diria que até frios.



 


Em Tóquio 6h da manhã.
Deixa eu contar um pouco das minhas impressões de ontem, já que só tive ânimo e bateria no celular para postar fotos ontem à noite.
Tóquio é uma cidade cosmopolita e aqui nos sentimos mais próximos do Ocidente, já Nagoya é bem japonesa, bem tradicional.
Em Tóquio, a maioria dos vendedores, garçons, atendentes fala inglês e as instruções vêm sempre nas duas línguas.
As moças se vestem de várias maneiras, muitas com jeans rasgados e justos, como no Brasil.
Sempre tem as mais tradicionais, mas aqueles sapatões grosseiros são mais raros por aqui.
Elas usam scarpins uns dois números maiores que os pés, ficam caindo do pé quando caminham, acho que para não machucar o calcanhar.
A população não é tão jovem como em Nagoya. Aqui se vê muitos idosos nas ruas, sempre andando sozinhos, até de bengala.
Não se vê cachorros nas ruas, nem pessoas com animais de estimação. Vi só dois cachorrinhos no colo desde que estou aqui. Caminhando nas ruas nenhum.
Também só encontrei um casal gay.
Muito mais mulheres que homens em todos os lugares, mulheres conversando nas mesas, sorrindo.
Homens sozinhos, ou em casais.
Crianças e bebês até em lugares lotados e com qualquer clima.
Em Tóquio as crianças até falam e choram. Em Nagoya almoçamos num reservado ao lado de uma mesa com duas mulheres e duas meninas de aproximadamente 2 e 4 anos - que comeram tudo e não fizeram um único som!
As grandes marcas de bolsas têm sessão masculina e os homens desfilam com lindas bolsas pelas ruas.
No Museu tinha uma biblioteca e várias pessoas mexendo nos livros, mas nem me aproximei porque acho o japonês impossível de aprender! Meu filho está estudando e acho dificílimo! Encontrei algumas pessoas lendo nos metrôs e trens, mais do que no Brasil e menos do que na Europa. Onde mais vi livros sendo lidos, por incrível que pareça, foi no café Starbucks.
Nas sextas-feiras os homens saem do trabalho para beber e é comum vê-los dormindo nas calçadas, de terno e gravata, caindo de bêbados, com a bolsa ao lado, onde ninguém mexe. Nos cafés, se quiserem ser atendidos por uma gueixa, é só pagar bem mais caro que ela fica servindo e fazendo companhia. Nos bordeis, as acompanhantes mais caras são as japonesas e as mais baratas as brasileiras e filipinas.
 





No Japão, já comentei, é tudo muito limpo! Pelo menos as cidades que visitei.
Mas parece que eles não têm tanta preocupação com a água, pois nos banheiros (limpíssimos) beira o desperdício.
Tanto nas casas, como nos hotéis e banheiros públicos mal a gente se aproxima e as privadas e mictórios já despejam um jato de água para lavar. Depois do uso, uma longa descarga. E as torneiras têm um tempo bem mais longo também.
No hotel, ao invés dos pequenos frascos de shampoo raramente usados pelos hóspedes, encontramos assim grandes e de boa marca.


 Homens e mulheres usam sapatos bem maiores que os pés.



Aqui eles usam uniformes para tudo!
Estes são os que limpam o Shinkansen a cada viagem.
Nem parecem faxineiros né?
E têm minutos cronometrados para virar os bancos na outra direção e deixar tudo cem por cento limpo.
O que não é difícil, porque ninguém suja...


As japonesas, em sua maioria, são elegantes, esbeltas e têm boa postura.
Mais do que do corpo elas cuidam da pele.
Com protetores, chapéus, sombrinhas não tomam nunca sol no rosto e possuem uma pele lisinha, sem manchas, representando bem menos idade do que têm.
Aliás, moças parecem meninas e mulheres mais velhas parecem sempre jovens.
Com pouco seio, nunca vi uma que parecesse usar próteses de silicone.
Penso que se preferem assim delgadas, com roupas acinturadas e compridas. Sol nem nos braços e pernas! Ah, generalizando (porque sempre há exceções), penso e observo que as crianças japonesas são muito lindinhas, as mulheres jovens são bem bonitas, os homens raramente são bonitos e os velhos são quase todos muito feios. Eles envelhecem mal.


Para nós, o único entrave é a comida, mas cozinhando um pouco em casa já resolve.
Os brasileiros andam carentes de segurança e de paz, por isso andar aqui é um oásis.
Lamento não ter trazido minhas bolsas maiores e mais bonitas, sempre trancadas no armário, porque seriam um perigoso chamariz para assaltantes no Brasil. Aqui eu poderia desfilar com elas.

Meia-noite em Tóquio.


 
 Em Tóquio vimos o Museu mais impressionante:Tokyo Nacional Museum
Não dá pra registrar tudo aqui, mas vou escolher umas peças que me impressionaram.
















2 comentários:

Nádia disse...

Adorei tudo

Ana Luiza disse...

Muito bom compartilhar tuas impressões sobre o Japão,sinto que conheço um pouquinho com teus relatos,gracias.