domingo, 14 de janeiro de 2018

REVOLTA DA NATUREZA



              Não faz muito tempo que os ecologistas eram alcunhados de "eco chatos" por muita gente, principalmente por aqueles que não queriam ver seus planos embargados ou dificultados por conta das agressões à natureza.
               Assim como o Green Peace, por exemplo, que mantém uma batalha quase surda, quase solitária em defesa dos mares. E o Partido Verde, originário desta defesa do meio ambiente, que é muitas vezes ridicularizado por sua pequenez. Parece que a voz dos justos é sempre mais baixa, menos agressiva  que a dos corruptos, dos cruéis, dos mal intencionados.
               Tivessem os ecologistas gritado bem antes e bem mais forte, sem sucumbirem às pressões dos trogloditas de gravata, quem sabe ainda teríamos tempo de salvar o planeta para os nossos descendentes!
               Que vergonha dizer aos nossos netos, ou eles descobrirem por conta própria, que a geração de seus avós destruiu uma natureza exuberante, que parecia inesgotável!
                Hoje nos tornamos bem mais civilizados, separando o lixo, economizando água, não destruindo a natureza. Só que parece que esta conscientização chegou tarde demais. Aliás, para as grandes potências mundiais ainda nem chegou, uma vez que eles se recusam a diminuir sua poluição caso isso implique em diminuição de lucros e poder. Não sei de que adiantará ter riqueza e poder num planeta destruído...
                A realidade é que hoje já não chove, caem temporais, tornados, granizos, furacões, tsunamis, terremotos, inundações, numa demonstração inequívoca de que a natureza principia a se rebelar, com o aquecimento dos mares, o derretimento das geleiras, a poluição que cobre a Terra.
                O homem começa a temer os fenômenos naturais, a olhar amedrontado para o Céu a cada nuvem mais pesada, mais escura, a recear por sua segurança e de sua família diante de uma simples chuva.
                É inenarrável nosso desalento diante do que vem ocorrendo no mundo, em diversos países. Como num castelo de areia tudo fica destruído, soterrando milhares de pessoas, sumindo com a vida que existia naquele lugar, arrasando tudo. E a sensação de impotência nos paralisa, uma vez que não existem armas capazes de reagir e nos defender dos fenômenos naturais, a não ser a prevenção.
                Sem querer ser catastrófica, às vezes parece que o Apocalipse se aproxima a passos largos e que tudo aquilo que os ecologistas apregoavam para "dali a muito tempo" chega abruptamente, sem aviso prévio, antecipando sua vinda e nos pegando totalmente despreparados.
                Olhando para a juventude, para as crianças, não há como não sentir medo, vergonha e preocupação. Que Deus se apiede deles e não permita que paguem pelos nossos erros.
                 Amém.





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