PREFÁCIO
Estive
revendo o filme de Antonioni, Blow-up (Depois
daquele beijo), em que o personagem
principal é um fotógrafo de moda, Thomas, o qual só sente e interpreta o
mundo através de suas lentes, ao ponto de só crer como real aquilo que ele
registra com elas, chegando a duvidar do
que ele vê a olho nu.
Maria
Luiza é uma escritora que vê e interpreta a vida, os sentimentos e as situações
através da palavra escrita, com tanta competência, habilidade e naturalidade
que a gente pensa ser esta é sua lente para fotografar e interagir com o mundo. E é, conforme ela explicita na apresentação
de seu livro anterior (Simplesmente Maria):
“Escrevo
porque respiro e transpiro pelas palavras. Escrevo para não sufocar, para
sublimar, para entender...”
Acompanhei
o início de sua trajetória desde seu primeiro livro (Gazeteando), do surgimento
tímido até o seu desabrochar como cronista à medida que se avançava no tempo.
Acompanhei e gostei.
Já
em seu segundo livro (Simplesmente Maria) ela tece em suas crônicas a poesia do
cotidiano, podendo ombrear com os grandes cronistas brasileiros que fizeram
deste gênero literário a sua melhor forma de expressão.
Hoje,
com Pimenta de Cheiro, ela atinge o
pináculo de sua arte, com suas crônicas sobre os mais variados assuntos,
perfeitas em conteúdo e apresentação, completando de maneira brilhante um ciclo
de sua vida literária e preparada para alçar novos vôos, em outros gêneros, sem
deixar de escrever suas crônicas que são o deleite de quem a acompanha.
Leia
e aproveite o que de melhor Maria Luiza escreveu e nos traz neste livro.
FRANCISCO
CARLOS D’ANDREA
Cronista bissexto e temporão do Alegrete
de antigamente.
ORELHA:
Maria Luiza é como ela mesmo
se define no título do seu blog: Simplesmente
Maria...Luiza!
Menina atenta que observou a
vida, aprendeu, desfrutou, sempre com a marca do desejo de voar, como
boa filha de homem alado que é, com aquele desassossego de aproveitar as
potencialidades que reparte,
generosamente, com os leitores, esparramando em textos alguns pedacinhos de
vida, onde mistura o que diverte,
questiona, contesta e protesta.
Como leitora fiel dos pedacinhos de
Maria Luiza esparramados nos textos que escreve, vejo que ela busca, na trajetória do seu tempo, registrar o que
descobriu,aprendeu e desfrutou e depois nos oferece em deliciosa leitura de
maturidade e sabedoria.
Fica, então, a sugestão de
que provem este livro, elaborado com a
junção de tantos temperos escolhidos pela vida e apresentados nesta receita que
dá gosto sem arder, naturalmente e tão simplesmente... Maria Luiza!
Gilda
Souto
Odontóloga e leitora do Alegrete
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