terça-feira, 14 de julho de 2015

O MUNDO MUDOU, EU MUDEI, TUDO ESTÁ MUDADO!




                              Volta e meia releio trechos dos meus livros anteriores, principalmente do primeiro que publiquei (GAZETEANDO, 2007) para acompanhar minha evolução, tanto estética quanto de pensamento.
                              Menos de dez anos se passaram e as mudanças são abissais! Mudei eu, mudou o mundo, nada é como antes. Minhas crenças foram derrotadas pela realidade, meus ídolos eram de barro e se estilhaçaram, tenho hoje dificuldade em acreditar no que quer que seja, tanto no panorama político, quanto ético dos brasileiros.
                              Eu defendia os menores carentes com unhas e dentes, confiava na sua capacidade de esforço, de luta e de vontade de batalhar por um lugar ao sol. Hoje, desalentada, vejo que a grande maioria escolheu o caminho mais rápido e tortuoso para conseguir o que almejam, roubando, matando, sequestrando, se prostituindo, vendendo e consumindo drogas.
                              Nunca fui filiada a nenhum partido, no entanto, como a maioria dos trabalhadores, apostei naquele que dizia batalhar por um país mais justo para todos os brasileiros. Hoje, profundamente decepcionada, vejo que, assim como tantos outros, eles só almejavam o poder para favorecer os seus e seus aliados, dando uma banana para o povo e falindo as últimas empresas públicas, inclusive a melhor e maior de todas.
                              Fui idealista, como todos os jovens, entretanto, em nossos dias, um ideal como o que norteava a minha geração passa atestado, no mínimo, de desinformação, fanatismo, equívoco. Como defender menores assassinos e governos corruptos?
                             Famílias destruídas, educadores desvalorizados e pais irresponsáveis fornecem a mistura perfeita para uma sociedade fracassada e violenta, onde os jovens “de bem” anseiam por deixar o país em busca de segurança e valorização.
                            O mundo mudou... para bem pior! Era eletrônica onde os robôs talvez tenham mais equilíbrio que o ser que os criou. Violência beirando a barbárie, fanatismo religioso, tolerância imposta, salve-se quem puder!
                            Não posso desistir do meu país, nem cruzar os braços, pois meus filhos ainda estão na batalha e meus netos precisam de um mundo melhor.
                           A postura da avestruz não muda nada, virar as costas aos problemas não os faz sumir, precisamos, isso sim, nos engajar na luta por melhores dias, por medidas mais justas, por mudanças de leis, pelo cumprimento das leis, por honestidade, por um país onde os bons queiram ficar e os maus saibam que serão exemplarmente punidos.
                           Enquanto andamos no mundo estamos sujeitos a mudar, tanto de opinião quanto de postura. Só não vale se omitir!




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