terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

AFINIDADE X TOLERÂNCIA X COMPENSAÇÃO




               Num mundo hedonista e individualista, quem ainda quer ficar junto e se manter unido merece esta reflexão.
                O que atrai as pessoas para que formem um casal? Além dos feromônios, é claro! Gostar das mesmas coisas, terem temperamentos semelhantes, ou antagônicos, enfim, o que os faz desejar amanhecer e adormecer todos os dias junto daquele outro ser, até então desconhecido?
               Já houve um tempo em que afirmavam que os opostos se atraíam, assim como uma lei da física. A convivência derrubou esse mito, porque não deveria ser fácil coabitar com alguém tão diferente em tudo!
               Pessoas muito iguais também não dão certo, porque o marasmo é grande demais para criar um clima auspicioso, que leve a uma convivência agradável.
                Então, qual seria a receita para os casamentos durarem mais e trazerem felicidade aos nubentes?
                Penso que o respeito encabeça a lista das qualidades, pois sem ele não há a menor condição da casa se transformar num “lar doce lar”. Gritos, críticas, xingamentos e destemperos frequentes constituem o caminho mais direto para um final nada feliz.
                Um pouco de afinidade é muito necessária, pois ninguém consegue conviver muito tempo com quem tem gostos opostos aos seus e encara a vida e os problemas de forma muito diferente da sua.
                 Quando há amor e respeito, a tolerância com as diferenças é que garante a harmonia familiar. Se nos conscientizarmos que todos temos defeitos, imperfeições e impertinências, fica mais fácil tolerá-las nos companheiro, ou companheira.
                 Por fim, há que prestar atenção nas compensações. Ninguém é totalmente bom, nem totalmente mau, completamente certo, ou errado sempre. Então, se aquela mulher impulsiva e destemperada é amorosa, ou cozinha bem, ou  vive cheia de cuidados com a casa e a saúde, ou denota um bom gosto em tudo que faz, enfim, essas qualidades compensam os defeitos e é isso que equilibra a vida.
               Fulano dança mal, não gosta de baladas, mas faz um cafuné divino! Outro está sempre com preguiça de sair, no entanto, faz um churrasco! Ele odeia ir a shoppings, entretanto, é um ótimo companheiro de cinema. O danado ronca quando dorme cansado, só que, ao acordar, te enche de beijos. E por aí vai!
              O segredo, então, está no tripé: afinidades que devem ser julgadas com tolerância e medidas pelas compensações que o outro oferece.
              Você já reparou que as pessoas mais exigentes nos relacionamentos são as mais cheias de defeitos? Macaco que não olha o próprio rabo acaba sozinho!
              Para quem acha que é bom ter alguém ao lado para trilhar essa jornada nada fácil chamada Vida, fica essa reflexão de quem sempre acha que não basta viver, há que se pensar a vida! 








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