sábado, 25 de outubro de 2014

ORGANOGRAMA DA MARACUTAIA



           Existe, no momento, um Carnaval de Bolsas no Brasil impressionante!
          Não, não me refiro às Louis Vitton, Vitor Hugo ou similares, pois dessas entendo pouco, a não ser algumas imitaçõezinhas da rua 25 de março, em São Paulo.
         As Bolsas em questão são grafadas com inicial maiúscula, para enfatizar a doação, a benesse, a humanidade de quem as distribui.
         A Bolsa Família, por exemplo, aquela capaz de eleger ou derrotar um presidente, teve o triplo de aumento do salário mínimo e do salário dos professores. Por que será? É uma matemática  por vezes difícil de entender! Então quem apenas envia os filhos para a escola recebe três vezes mais aumento do que aqueles que vão ministrar as aulas nessa mesma escola? Três vezes mais aumento do que aquele pobre assalariado que batalha de sol a sol e ainda precisa também mandar seus filhos para o colégio?
        Não será isso um incentivo à acomodação? Assim como o seguro desemprego, que cria uma rede de subempregados, de gente que trabalha e recebe por dois lados, sem pressa de assinar a carteira de trabalho durante seis meses, favorecendo também o novo empregador.
        Outra Bolsa que me causou espécie foi a concedida à família dos presidiários. Então o indivíduo mata, rouba, sequestra, estupra, fere, arrasa famílias inteiras, "quando" consegue ser preso, tem a tranquilidade de saber que receberá três refeições diárias, banho de sol, carteado, conversas e sua família estará devidamente amparada do lado de fora.
        O pobre honesto, muitas vezes, chora por não conseguir alimentar seus filhos, dorme nas filas de emprego, passa o dia a pão e banana, sem saber o que sua família terá para comer no dia seguinte.
         Não consigo entender. Definitivamente.
         Não seria mais econômico usar esse dinheiro das tais Bolsas para criar presídios que colocassem esses presos a trabalhar de verdade na terra, na construção, na carpintaria, com horários rígidos e produtividade?
         Se eles enviassem para suas famílias legumes, verduras, frutas, grãos, plantados e colhidos por eles próprios não seria mais eficiente, mais justo?
          Aonde nos leva um governo assistencialista? Além da vitória nas urnas, é claro.
         Como se não fosse suficiente, ainda há o organograma da maracutaia. O dinheiro a gente sabe de onde sai. Do nosso bolso, é claro, e dos impostos mirabolantes que pagamos, além do tal leão que nos saqueia a cada ano. E que caminho segue este dinheiro? Vejamos.
          Vai ficando um pouco com quem determina o pagamento, depois com quem assina a ordem, com quem separa o quinhão arrecadado, com quem distribui para os municípios (nada para o sul e sudeste, porque aqui só tem rico), com quem recebe as doações, com quem as redistribui e, por fim, com quem é por elas beneficiado.
         Sem dúvida,  trata-se de uma verdadeira rede social da locupletagem!





Nenhum comentário: