Não sou uma otimista incorrigível, uma Pollyana
da vida, até que gostaria de ser.
Durante muito tempo e sob muitos
aspectos descrevi-me como “oito ou oitenta”. E me ufanava disso!
Hoje, com a chegada da tal maturidade,
desfruto do bem estar do “cinquenta, do mais ou menos”.
Nos finais de anos, como de resto em
quase todas as datas festivas do calendário, surgem correntes a favor e contra,
defesas ardorosas de pontos de vista contrários e todos devem ser respeitados.
Acho um exagero essa corrida
desenfreada às lojas nessa época do ano, embora o comércio precise sobreviver e
presentear quem amamos faz um bem enorme ao coração. Os excessos é que acabam
privilegiando o supérfluo em detrimento do essencial, que é o verdadeiro
espírito natalino, recheado de generosidade, de fraternidade, de tolerância, de
desapego.
Não dá pra negar que faz bem
contemplar a humanidade mais amorosa, mais sentimental, mais generosa, fazendo
uma mea culpa, chorando de saudade,
lembrando dos esquecidos pelo menos nesse dia.
Então, pelo deslumbramento dos meus
netos diante dos pinheiros e presépios; pelo motivo que devolve meus filhos ao
meu abraço; pela alegria da minha mãe com cada um que chega, por tudo isso e
por muito mais... gostaria de ser poupada neste finalzinho do ano de notícias
ruins, tragédias, revoltas, críticas destrutivas, coisas feias, deprimentes e,
tal qual a criança que ainda trago escondida em mim, abrir olhos, ouvidos e
coração à beleza do natal , às luzes das ruas, ao tilintar dos sinos nas igrejas
e nos lugares por onde passa o Papai Noel.
Feliz
Natal a todos!
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