O que você prefere? É possível ter os dois, ao mesmo tempo? Serão
inconciliáveis? Ou complementares? Qual o mais valioso? Dá pra viver sem um
deles? Qual?
Discussão antiga, mas sempre atual. Volta e meia surge uma nova
teoria, novos conselhos, novas pesquisas, tudo novo para um problema velho.
A questão passa pelo sexo no casamento e fora dele. Pelo sexo
com filhos ou sem eles, com amantes ou não, com um parceiro fixo, ou vários.
Se nos apegamos aos valores morais e religiosos nem há o que
discutir. Mas a questão permanece, passando apenas a ser negada, ou evitada por
assim dizer.
Numa reportagem do Correio
Brasiliense há dados estarrecedores. Dos quinhentos e trinta
entrevistados, na faixa dos trinta anos, 60% admitiu querer sexo com freqüência
só no início do relacionamento. Após quatro anos de união o desejo caiu para
50% e depois de vinte anos apenas 20% disseram se interessar por sexo.
Será por isso que as pessoas engordam? Será que substituem o desejo
pela gula? Será possível se encharcar de desejo por aquela mulher que passa o
dia correndo, educando os filhos, organizando a casa, reclamando da bagunça e
que desmaia na cama, exausta, no fim do dia? Ou por aquele homem que espalha
suas roupas pela casa, molha todo o banheiro, esquece seus pedidos, se atrasa,
se distrai, nem ouve o que você fala?
Encostar o pé, dormir de conchinha é muito gostoso, né? Fazer um strip-tease para olhos gulosos também. Mas
os dois podem mesmo coexistir ou é papo de terapia de casais?
Seria mais ou menos assim: "- Benhê, acaba logo esta louça,
põe as crianças na cama e vai lá vestir tua cinta liga, teu baby-doll de oncinha que estou
indo."
Ou então: "- Benhê, quando terminar o jogo (mesmo que teu
time perca), ajeita a bagunça do sofá, põe os copos na pia (com água viu!) e
vai logo pra cama, se possível em
prontidão."
A psicóloga americana (tinha que ser) Esther Perel, autora de Sexo no Cativeiro diz que
"o amor muitas vezes entra em conflito com a libido; a intimidade
emocional inibe a expressão erótica; o distanciamento é uma precondição para a
ligação sexual e o aprisionamento mata o desejo."
Condenando o excesso de conversa (discutir a relação, segundo ela,
é péssimo), salienta a importância e a necessidade de privacidade e
individualidade de todo o ser humano e diz que "o importante é saber dosar
a vida familiar e o erotismo e que as fantasias
sexuais podem incrementar a realidade, pois são um valioso recurso
imaginativo e um poderoso antídoto contra a perda da libido dentro da
relação."
Agora é com você, caro leitor! Pense!
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