quarta-feira, 6 de março de 2013

AMOR OU PAIXÃO?



O que você prefere? É possível ter os dois, ao mesmo tempo? Serão inconciliáveis? Ou complementares? Qual o mais valioso? Dá pra viver sem um deles? Qual?
Discussão antiga, mas sempre atual. Volta e meia surge uma nova teoria, novos conselhos, novas pesquisas, tudo novo para um problema velho.
A questão passa pelo sexo no casamento e fora dele. Pelo sexo com filhos ou sem eles, com amantes ou não, com um parceiro fixo, ou vários.
Se nos apegamos aos valores morais e religiosos nem há o que discutir. Mas a questão permanece, passando apenas a ser negada, ou evitada por assim dizer.
Numa reportagem do Correio Brasiliense há dados estarrecedores. Dos quinhentos e trinta entrevistados, na faixa dos trinta anos, 60% admitiu querer sexo com freqüência só no início do relacionamento. Após quatro anos de união o desejo caiu para 50% e depois de vinte anos apenas 20% disseram se interessar por sexo.
Será por isso que as pessoas engordam? Será que substituem o desejo pela gula? Será possível se encharcar de desejo por aquela mulher que passa o dia correndo, educando os filhos, organizando a casa, reclamando da bagunça e que desmaia na cama, exausta, no fim do dia? Ou por aquele homem que espalha suas roupas pela casa, molha todo o banheiro, esquece seus pedidos, se atrasa, se distrai, nem ouve o que você fala?
Encostar o pé, dormir de conchinha é muito gostoso, né? Fazer um strip-tease para olhos gulosos também. Mas os dois podem mesmo coexistir ou é papo de terapia de casais?
Seria mais ou menos assim: "- Benhê, acaba logo esta louça, põe as crianças na cama e vai lá vestir tua cinta liga, teu baby-doll de oncinha que estou indo."
Ou então: "- Benhê, quando terminar o jogo (mesmo que teu time perca), ajeita a bagunça do sofá, põe os copos na pia (com água viu!) e vai logo pra cama, se possível em prontidão."
A psicóloga americana (tinha que ser) Esther Perel, autora de Sexo no Cativeiro diz que "o amor muitas vezes entra em conflito com a libido; a intimidade emocional inibe a expressão erótica; o distanciamento é uma precondição para a ligação sexual e o aprisionamento mata o desejo."
Condenando o excesso de conversa (discutir a relação, segundo ela, é péssimo), salienta a importância e a necessidade de privacidade e individualidade de todo o ser humano e diz que "o importante é saber dosar a vida familiar e o erotismo e que as fantasias sexuais podem incrementar a realidade, pois são um valioso recurso imaginativo e um poderoso antídoto contra a perda da libido dentro da relação."
Agora é com você, caro leitor! Pense!



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