Quando
meu primeiro neto nasceu pude visualizar minha eternidade, com o rosto colado e
os olhos brilhando diante daquele vidro do berçário.
Enquanto
ele ficou por aqui, saía do trabalho diretamente para junto dele e recuperei
todas as canções de ninar que cantara para os filhos.
Como
ele morava em São Paulo, era para lá que eu corria em cada feriado, ou data
importante e ele recompensava tudo com aquele sorriso meigo e os bracinhos
estendidos para mim. Sua primeira palavra foi, inclusive, “vovó” e eu que ouvi,
vertendo mel pelos ouvidos.
Fiz
uma reciclagem completa de desenhos animados, fui ao cinema, aluguei filmes em
casa, preparei todas as comidinhas que ele gosta, fui a parques, até de
pônei consegui que ele andasse. Contei tantas histórias que esgotei meu
repertório e tive que inventar outras.
Sou
daquelas avós que compram desde o primeiro sapatinho até livros de
puericultura, coleções de jogos educativos e literatura infantil, ensinando
sempre, com muito carinho, mas sem descuidar da formação deles.
A
chegada da Bruna – a primeira menininha da família – foi outra grande emoção,
aliada ao fato de que ela morava bem pertinho e que pude cuidar dela os dias
inteiros até ela ir para a escola. Com ela voltei a ser mãe, a tomar conta de tudo,
o tempo todo e fiquei novamente atualizada e encantada com tudo o que esta
sapequinha diz e apronta.
Agora,
já estou novamente exercendo meu ofício de professora, dando aulas de reforço
para meu garotão, que adora matemática, mas boceja na leitura e incentivando
minha bailarina nos primeiro passos e nas primeiras letras. E viva a avó
paterna, antes tão relegada a um plano secundário e hoje reclamada e convocada
o dia todo pelos filhos dos seus filhos.
Eis
que, não tão de repente porque está sendo esperada há trinta e oito semanas, o
mundo fica mais cor-de-rosa, o coração derretido, os olhos marejados e aquela
sensação de que tudo na vida valeu a pena:
- ALICE chegou!
Chorando
forte, derretendo-se com o carinho do papai, acabando com o ciúme do irmãozinho,
que se encantou imediatamente com ela e conquistando mais um enorme espaço no
coração dessa vovó.
Sei
que vou precisar dividir tempo e atenção entre os três, mas prefiro multiplicar
beijos, abraços e carinhos.
Hoje
são três e me encantam. Outros hão de vir!
Assim,
em cada página e nos traços físicos e de personalidade de cada criança da
família vou plantando minha eternidade.
Nasci
pra isso também!
5 comentários:
Maravilhoso Maria Luiza, mais uma vez parabens e muita saude para a Alice, desejo que possas continuar curtindo teus netos por muitos e muitos anos! Bjs
que fofinha, mais um mundinho cor-de-rosa! bjs
Amiga vó e para todos os momentos , netos são a continuação de nossa vida. Que bom poder dizer de peito aberto que temos NETOS, somos AVÒS!! isso é encantador. Parabens a todos
Lindos... os comentários e as alegrias desta vovó babona, que vai começar tudo de novo, com nenem novo no pedaço. Parabéns mais uma vez e curta mesmo esta belezinha que chegou, pois o tempo passa tão depressa e daqui a pouco ela estará correndo pela casa... e indo para a escola e a gente fica como se um pedaço nos faltasse. Essas criaturinha são nossa alegria de viver!
Que delicia de ler teu texto e impresso as palavras que toda a avó sente.Este é o momento da Alice,que traga sempre muita alegria,rodeada de amor e ainda ter uma Bisa para poder lhe embalar,parabéns.
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