domingo, 15 de julho de 2012

IMPRESSÕES DE VIAGEM

     Viajar é preciso! Por tantas razões! Uma delas, sem dúvida, é para alargar horizontes; outra, para refletir com distanciamento sobre os problemas do dia a dia e ainda para sentir saudades.
    Mal saí do meu estado e já constatei que o lindo povo do sul não é mesmo representativo do brasileiro tipo exportação. Claro que já tinha percebido isso antes, só que estava desatualizada. Deus do Céu, como existe gente feia nesse país! Que fartura de tipos físicos! Que modas esquisitas! Que maus modos inclusive nos aeroportos que, antes, eram frequentados por pessoas mais refinadas, ou mais educadas.
    A solidão humana é facilmente comprovada nas salas de embarque, transformadas em lan houses, com cada um interagindo unicamente com seu notebook, seu tablet, ou seu celular. Para a pessoa que está conectada não é solidão, ela está interagindo com várias outras, só parece que está sozinha e pouco se preocupando com as outras pessoas ao seu redor.
    Por outro lado (minha velha tese dos dois lados), ainda dá para se fazer amizades momentâneas, um caso engraçado aproxima as pessoas e elas seguem a viagem conversando, contando a vida toda, trocando confidências, sem saber se algum dia irão rever aquela nova velha amiga.
    Nesses dias que passarei fora de casa decidi ficar desconectada. Longe do mundo virtual.    
    Hoje é recém o primeiro dia, não sei se conseguirei, no entanto, pretendo testar minha dependência do mundo e dos amigos virtuais. A família anda me acusando de fuga, ostracismo, abandono do mundo real por conta dessa virtualidade, então, vamos ver...
    Agora, deixar de escrever não conseguiria! Fosse no computador, ou em pedaços de papel, preciso escrever para não sufocar, para clarear a mente, para me entender melhor.
    E trouxe três livros ótimos: “ O caderno de Maya”, da minha escritora favorita – Isabel Allende; “A massagista japonesa” de Moacyr Scliar e “É tarde para saber”, de Josué Guimarães. Bem eclética, portanto.
    Além disso, nesse clima gostoso de serra, pretendo desbravar os parques e passear com meu tênis novo.
    Au revoir!


2 comentários:

Ivana Lucena disse...

Compartilho com vc a tristeza de ver as pessoas interagindo umas com as outras mais virtualmente do que presencialmente. Com relação a sua observação a respeito das pessoas "feias desse país", enxergadas, principalmente quando nos afastamos do "lindo povo do sul" e que os aeroportos "antes, eram frequentados por pessoas mais refinadas, ou mais educadas", têm explicações para isso. Gente que sofre, que passa privação é feia mesmo, não tem jeito. Só os bons tratos pagos com dinheiro, é capaz de limpar a pele, tratar os dentes, cuidar dos cabelos e do corpo para reproduzir gerações mais belas. E para a extranhesa sobre esse povo que não é fino e que agora frequenta o aeroporto a explicação é que o governo federal tem investido em ações que proporciona aos pobres viajar de avião agora também. Parabéns pelo texto, mais uma vez, muito bem escrito. bjs

Anônimo disse...

Viajar é muito bom e pelos teus textos também. Concordo com a Ivana Maria, pra mim o $$ não compra a felicidade, mas com certeza, paga o que a felicidade gasta, portanto quem tem mais fica "melhor na foto". Agora, falta de educação pode aparecer em qualquer lugar até mesmo em embarque internacional.

( sou tua seguidora, mas só consigo postar comentários como anônima. No blog do Mano é a mesma coisa - rsrsrrs) Abraços, Gilka Coimbra