quinta-feira, 12 de abril de 2012

AMIZADE VERDADEIRA



Este título deveria ser uma redundância, pois as amizades, a princípio, seriam todas verdadeiras. Ou não seria amizade.
Existem mil poemas e pensamentos exaltando a amizade, dizendo, inclusive, que um amigo verdadeiro vale bem mais do que um parente; que parentes a gente não escolhe, mas amigos sim e por aí adiante.
Quem sabe por isso, por tudo isso que nos enfiaram na cabeça, quando nos decepcionamos com um amigo dói mais do que as rasteiras que os parentes costumam nos dar.
Falo por mim agora. Já está descrito em todos os meus mapas astrológicos: o nativo de escorpião é o maior amigo que uma pessoa pode ter (o fato de falarem no pior inimigo já é um pouco de exagero). O que sei é que sou amiga de verdade dos meus amigos. Na minha frente ninguém fala mal de um amigo meu porque vai ter troco. Eu os defendo com unhas e dentes, como faço com meus filhos e irmãos. Não sei ser amiga pela metade, amiga de vez em quando, amiga quando convém. Sou ou não sou e esta diferença fica sempre muito clara!
De que serve um amigo que nos conhece, acompanha nossas batalhas diárias e, na hora em que somos caluniados, se cala (e quem cala consente), perdendo a chance de mostrar ao difamador nossa verdadeira face, nossos méritos, o outro lado da questão?! De que valeram as confidências, o ombro amigo, a torcida, as orações se na hora H assume uma posição confortável de neutralidade, querendo jogar dos dois lados, sem se comprometer? Isso não é amizade!
Dos parentes somos obrigados a engolir alguns sapos, porque seremos parentes para sempre, porque temos o mesmo sangue, porque dividimos a mesma árvore genealógica. Dos amigos não. Se não são amigos, se não são leais, se não movem uma palha para nos ver bem, para tentar harmonizar a nossa vida, então deverão ser colocados naquele grande balaio dos vizinhos, dos colegas, dos conhecidos.
A Amizade é realmente preciosa e, quanto mais rara, mais preciosa fica, assim como as pedras e as jóias.
Quem tem um amigo de verdade deve cultivá-lo com cuidado, como plantinha de estufa, pois dá muito trabalho criá-lo e qualquer vento ou omissão pode destruí-lo.
Saudade das minhas amigas de Alegrete... aquelas sim são para a vida inteira!

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