terça-feira, 27 de março de 2012

FRÁGIL COMO A VIDA

     Se não parar de escrever aqui e nas redes sociais, se não parar de ler tantos livros revistas e jornais, não conseguirei terminar meu romance, que está ainda muito no começo.
     Preciso limitar um pouco minha participação por aqui para me dedicar mais ao romance. É muito difícil escrever nas horas vagas...
     Em contrapartida, há leitores fiéis que me cobram as crônicas que se habituaram a ler.
     Então...
    Mesmo com pouco tempo,  vou  comentar um assunto bem atual, que são as vítimas das armas em mãos jovens e assassinas. Não vou chover no molhado, pois sei que são todos bem informados e  já estão cientes dos riscos e das consequências dos tais disparos. Vivemos todos de prontidão e apavorados! Os menores são os que mais matam, os que ficam mais impunes, os que têm menos pena do outro ser humano.
     Quero ressaltar  a fragilidade da vida!
     Incrível como um rapaz de pouco mais de vinte anos, em plena forma física, sem doença alguma, está sorrindo, falando alto em casa, brincando com seu cachorro num final de semana e no outro está morto e enterrado. Isso sem reagir, sem se negar a entregar o celular, apenas porque deu vontade no outro de apertar o gatilho. E destruir uma família inteira.
     Sei que não estou dizendo novidade alguma, que diariamente são ceifadas vidas de forma abrupta, sem aviso prévio; no entanto, parece que nos habituamos mais a presenciar a luta pela vida de pessoas muito doentes, sofrendo, sem desistir.
     O que será melhor? O que será menos ruim? Morrer assim do nada, como uma vela que se apaga com o vento, ou penar anos a fio em cima de uma cama, em casa ou no hospital?
     Por que a família sofre mais quando a vida é roubada de repente? Não seria pior assistir ao martírio de uma pessoa que amamos?
     Paulo Coelho disse, em recente entrevista, que a morte sempre esteve ao seu lado, que tem sido sua companheira desde os vinte anos e que, por isso, ele não deixa nada para depois. É claro que, com o dinheiro que ele ganha com seus livros e a mulher dele com suas obras de arte, dá pra não adiar sonhos mesmo. E ele se sente preparado para receber a tal amiga macabra quando ela se apresentar.
     E nós estamos?
    Cuidado! A vida é muito frágil e as tragédias que têm acontecido no Brasil e no mundo nos convidam a uma efetiva reflexão sobre ela.
     Vamos rezar!

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