Sempre fui parecida com a minha avó. E não só fisicamente, bem mais do que isso.
Eu a admirava tanto que ficava toda boba quando diziam ao nos ver passar:
- Odith, esta menina é uma cópia tua!
Quando as pessoas de outras cidades conheciam meus pais, ficavam sem entender com quem eu me parecia, pois os dois eram tão clarinhos, pequenos, doces; algumas vezes chegaram a me perguntar se eu tinha sido adotada (meu pai ficou uma fera!).
Agora, quando conheciam a minha avó, entendiam tudo: os cabelos crespos, os quadris fartos, a cintura fina, o nariz empinado, a língua afiada nas respostas, os dotes culinários, a veia musical, as exigências e por aí vai.
Sangue não é água. E eu pareço filha do meu pai e da minha avó, pois o que não herdei de um, copiei de outro.
Quando assisto TV à noite, na hora do "repouso da guerreira", costumo levantar os pés para descansar as pernas das escadas (minha mãe e meu filho moram no mesmo prédio, então, é um sobe e desce insano).
Pois bem, entre um programa e outro fiquei observando meus pés e confirmando o que eu já sabia: meus pés são idênticos aos pés da minha avó! A mesma cor, a mesma textura, o formato dos dedos e das unhas, tudo igual. Impressionante!
Por isso, com muita razão, dizem que quem tem descendentes não morre para sempre.
Minha avó continua muito viva em mim. Os pés então!
Um comentário:
oi, a "administradora" do blog veio dar uma olhadinha nos comentários,rsrs.
Está tudo bem, se aconteceu alguma coisa já passou.
Bom domingo, beijos
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