sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BAITA PRESENTÃO!

           Definitivamente, meus textos estão atípicos para esta época do ano. Se consola, adianto que preparei a ceia, decorei a casa, montei a árvore, comprei os presentes, a roupa está arrumada e o champanhe gelado. Só que os tempos andam outros e eu há muito deixei de acreditar em Papai Noel, portanto, não posso fazer de conta que não leio o que leio, que não ouço o que dizem e que não sei de nada.
          Imagino que os congressistas tenham escolhido esta data para aumentarem exorbitantemente seus salários contando com o habitual estado de graça em que nos colocamos, com a lista interminável de afazeres e presentes desta época e, com isso, tendo menos tempo e disposição para reparar em seus desmandos.
          Meu texto anterior era de desabafo e indignação. Neste, forneço números concretos, com suas fontes e deixo a critério de vocês o julgamento da ação. É quase um adendo ao que disse anteriormente.
           Os números foram fornecidos pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina e divulgados no Diário Catarinense do dia 19 de dezembro de 2010. É apenas uma amostragem do que receberão dos cofres públicos os Deputados Estaduais catarinenses, sendo que nos estados mais ricos esses números devem ser ainda maiores, o mesmo acontecendo em relação aos Deputados Federais e Senadores.

            O salário desses parlamentares é de R$ 20 042,34.
            A verba de gabinete (telefone, celular, combustível, passagem e diárias) até R$ 46 000,00.
            Os servidores de seu gabinete - até R$ 40 000,00.
            O auxílio moradia (vai morar bem assim!) - R$ 2 250,00.
            Total : R$ 108 292,34

            Tá bom, ou precisa mais?!

Por isso eles vendem até a mãe pra conseguir ganhar uma eleição...


             Ah, antes que eu me esqueça, FELIZ NATAL!

Um comentário:

Paulo Sergio disse...

Como sempre o presentão é só para a "elite". Eles têm a coragem ainda de dizer que "trabalham" pela justiça social. Discursam que representam suas bases; se o fazem, porque não com um salário próximo do das bases? Será que as bases a que eles se referem são quem financia as campanhas?
Como podem falar em isonomia se a tabela do imposto de renda mais uma vez ficará sem reajuste? É natural que deixem assim, senão, como encheriam suas burras?
Maria Luiza, indignação é pouco!