quinta-feira, 26 de novembro de 2009

FILHO NÃO É ESPARADRAPO

              Quase sempre o que começa mal termina pior.
              Num relacionamento, quando as desavenças são frequentes, quando não existe respeito e o amor já está morto e enterrado, a coisa mais errada é fazer um filho para ver se conserta o inconsertável.
               Filhos são bênçãos para "lares", para "casais" e não para dois inimigos coabitando num mesmo espaço.
               Num primeiro momento, pode parecer que aquele chorinho novo vai conseguir o milagre do entendimento, da compreensão, da harmonia. Mas só no primeiro momento, logo as noites mal dormidas pesam, as despesas, o trabalho, tudo faz renascer os problemas ainda com maior vigor.
                Conheço um pai sensacional, daqueles que eu só via nos filmes americanos água com açúcar. Um pai que esqueceu de si mesmo para se dedicar inteiramente àquele serzinho frágil, que morria de amores por ele também. Quando este pai trabalhava demais, a mãe sequer dava banho no bebê, pois tudo era o pai que fazia. Tresnoitado por causa do trabalho, ele não cedia ao cansaço e emendava num jogo de futebol, mesmo sem ter pregado o olho a noite inteira. Pai presente, pai amoroso, pai responsável, pai pra toda obra, o deus do filho.
                Até que um dia, a mãe, que já usara todos os artifícios para machucar e agredir o companheiro, resolve tomar dele o pequeno tesouro, indiferente às lágrimas do menino, à sua palidez, à sua tristeza, comprando com presentes a perda do maior afeto do mundo -  seu pai.
                Uma mãe irresponsável, relapsa, negligente, totalmente incapaz de cuidar bem de uma criança, em detrimento de um pai só amor e companheirismo.
                Numa época em que se celebra casamentos entre pessoas do mesmo sexo, em que casais gays ou lésbicas adotam filhos, ainda existe este ranço de que as crianças devem ficar com as mães??? Por quê? Onde está a prova de que as mães são sempre mais capazes do que os pais?
                 Neste caso que conheço, por exemplo, a mãe praticamente ignora os princípios mais básicos da educação infantil, tampouco se esforça para formar hábitos ou preparar para a vida. Além do que, o filho não quer ficar com ela, prefere sempre o pai.
                 Então, de repente, aquele bebezinho vira bucha de canhão, usado covardemente para atingir quem cansou de aguentar, de ouvir, de sofrer.
                 E a índole mansa, doce do garotinho se enche de revolta, de precoce amargura, de insegurança, atrasando seus estudos, entristecendo seu olhar, apagando seu sorriso.
                 Depois, na adolescência, quando a revolta costuma gerar comportamentos difíceis e perigosos, geralmente estas mães correm atrás dos pais abandonados e difamados para ver se eles consertam o estrago, quase sempre sem sucesso.
                 Maternidade responsável já!
                 E que os pequenos, vítimas inocentes de lares desfeitos, tenham o direito de conviver com seus pais num clima de respeito, de civilidade, de maturidade.
                 É disso que nossas crianças precisam!


              

2 comentários:

Celina disse...

VISITO SEMPRE O SEU BLOG, GOSTO MUITO DO QUE LEIO VC E UMA PESSÕA DE FIBRA VERDADEIRA PARABNS AMIGA. CELINA

Gui e Lisi disse...

É uma pena que esta mãe, assim como muitas outras que conheço, não parem 5 minutos para ler este belíssimo texto e refletirem se o que fazem, o fazem por si ou pelos seus filhos. Parabéns pelo Blog!
Um grande Abraço!