Escrever sobre a visita do Papa Francisco ao Brasil soa como
chover no molhado, overdose, exaustão. Afinal, não se fala em outra coisa na mídia
há vários dias.
Por outro lado (sempre
tem outro lado), não há como um cronista deixar de registrar uma passagem que
rendeu tantos ensinamentos, polvilhou paz, simpatia e esperança, foi agradável
em cada segundo.
Quando o Conclave escolheu o novo Papa, o mundo olhou com
desconfiança para um Papa que nem pertencia ao grupo dos fortes candidatos apontados
pelos vaticanistas. Aqui no Brasil havia dois ou três concorrentes e a decepção
com a eleição de Papa argentino foi ainda mais frustrante.
A surpresa não parou por aí. A escolha do nome – Francisco foi
uma opção aprovadíssima -, a renúncia aos luxos, às joias e até às suntuosas
acomodações dos Pontífices, foram calando os protestos do mundo, principalmente
dos descrentes ou dos anticatólicos de carteirinha.
Num momento em que o mundo se revolta contra a corrupção, a intolerância,
os desmandos, surge uma figura carismática, sorridente, falando em tolerância,
em rebeldia saudável, em igualdade, em encontro de credos, em humanidade. E conquista
as pessoas, mesmo as que o esperavam armadas de chavões e preconceitos.
Papa Francisco cativou e encantou porque não veio com um
discurso pronto. Ele é o que fala, pratica o que prega e tem preocupação e
atenção extremas para com os mais necessitados. Exatamente os mais esquecidos.
Cada discurso, cada pregação, cada entrevista do Papa foram
recheados de ensinamentos, de valiosos conselhos, de esperança.
Nosso povo precisa disso.
Não dá pra viver sem esperança em dias melhores.
Impossível viver dia após dia como se fosse o último. Daí
nada se constrói e a destruição é iminente.
Foi uma visita necessária, auspiciosa e inesquecível.
Cada Papa deixa uma lembrança e a deste, com certeza, será o
sorriso!
Não devíamos economizar sorrisos, ele tem o dom de abrir
portas, aproximar pessoas e encantar a vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário