segunda-feira, 4 de abril de 2016

QUANDO DILMA VENCEU A ELEIÇÃO...

Este texto foi escrito logo que terminou a eleição. Infelizmente, minhas previsões, diante do que se vive hoje, eram até otimistas!


PARABÉNS!
Parabéns ao PT e à sua candidata.
Vocês venceram.
Perdemos nós.
Perdeu toda a Região Sul, toda a Região Sudeste, toda a Região Centro-Oeste do Brasil e ainda os estados do Acre e de Roraima.
Perderam os nortistas e nordestinos que clamaram por mudança e votaram em Aécio Neves.
Parabéns aos militantes pela vitória e aproveito para manifestar meu total desencanto com um operário chamado Lula, que um dia me fez acreditar num ideal trabalhista e hoje, depois de enriquecer familiares e asseclas, elege por duas vezes uma representante equivocada, graças à distribuição de benesses pagas pelo povo brasileiro e pelo palavreado ilusório e difamador com que conclamou os incautos e no qual muito me envergonho de um dia ter acreditado.
A alternância do poder vira cada vez mais uma quimera, uma utopia. E, sem ela, os malfeitos se eternizarão, já que ninguém fere na própria carne, nem enfia a mão em sabidas cumbucas. E haja sol para tentar tapar tanta peneira!
Os eleitores que elegeram Dilma não devem esquecer de cobrar, uma a uma, as promessas de campanha, antes que fique, mais uma vez, o dito pelo não dito.
Estou triste, frustrada, desesperançada, como mais de 50 milhões de brasileiros.
Ainda que, com todas as benesses mostradas nos programas políticos do PT, com todas as promessas feitas nos debates, podemos relaxar, pois sabemos que estaremos, a partir de agora, vivendo as mudanças tão almejadas e que tudo será muito melhor, especialmente para quem estuda, trabalha, produz e paga impostos, uma vez que, mesmo sem voz e sem vez, somos nós que mantemos toda a engrenagem do país funcionando e quem paga todas as obras assistencialistas, trocadas por votos e atribuídas a um partido e seus representantes.
Oxalá, um dia, se fale em planejamento familiar, controle da natalidade e responsabilidade!
Quem sabe os novos ricos, na maioria das vezes locupletados por desvios de verbas e superfaturamentos, um dia se cansem de roubar e resolvam distribuir melhor seus caixas dois e similares.
Já que deixaram bem clara sua opção pelos miseráveis, pelos que vivem de bolsas e benesses do governo, além do total descaso e desprezo por quem trabalha e produz, tomara que, pelo menos para esses que votaram neles de pires na mão, eles cumpram o que prometeram, ao invés de distribuir o dinheiro dos nossos suados impostos para a terra de Fidel Castro e outras guerrilhas.
Nem vamos prometer fiscalizar, porque todos os órgãos de fiscalização já foram devidamente equipados com membros do PT, inclusive o STF.
A mídia e a internet livres devem estar com seus dias contados, porque já não têm serventia e podem atrapalhar.
Mesmo sabendo que 70% dos brasileiros mais esclarecidos votaram contra, quem detém o poder pode usá-lo a seu bel prazer e certamente os desmandos continuarão. Só espero que não pintem nossa bandeira de vermelho, nem abram nossas fronteiras a alguns vizinhos com tendências políticas bem diferentes das nossas, pelo menos até agora.
Parabéns à “esquerda caviar”, grande vencedora do pleito junto aos beneficiados com as bolsas tudo, que herdou dos dirigentes do PT – leia-se principalmente Zé Dirceu – a facilidade de manipular as massas sem acesso à informação e também os jovens idealistas e inocentes. Uma esquerda que prega o que não faz, à custa dos nossos impostos, sem jamais mexer no próprio bolso para ajudar quem quer que seja. A isso que eles denominam “ideologia”, eu chamo de aproveitamento.
Quem venceu essa eleição – por muito pouco - foi o fanatismo e o medo. Medo de perder seus cargos, medo de que acontecessem todas as calamidades mentirosas que o PT alardeou para se manter no poder.
Além da esquerda caviar, da militância fanática e combativa e de todos os beneficiados, quem ganhou essa apertada eleição foi Lula. Parabéns a esse operário, que trabalhou pouco, discursou muito, sem sequer aprender a falar corretamente nossa língua mãe e que afirmou categoricamente, em muitos dos seus discursos-bomba, que elegeria até um poste. Elegeu. Depois de ouvi-lo durante a campanha presidencial, onde atuou bem mais que sua representante oficial, minhas últimas ilusões com o partido que, um dia, foi dos trabalhadores, ruíram. Aquela ferocidade e maledicência não combinam com a ilusão que eu tivera anos atrás. E agora, tudo indica que ele voltará por mais oito anos, tão logo termine o mandato de sua representante.
Só me resta torcer para que as promessas se cumpram. Para que os ladrões do povo sejam presos. Para que os cabides de emprego e nomeações sejam, pelo menos, substituídos. Para que haja respeito à propriedade privada. Para que haja respeito à constituição. E, principalmente, para que nossa soberania jamais seja ameaçada.
Para encerrar, mesmo derrotada, sinto-me orgulhosa de ser gaúcha, de viver em Santa Catarina, de ser casada com um paranaense e de ter um filho morando em São Paulo!
Tenho dito.





 

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