sábado, 3 de janeiro de 2015

RAZÃO SEM EMOÇÃO



          A idade da razão, qual é mesmo?
          Bom, deve ser depois dos setenta, porque os sessenta são fogo ainda!
          Quando começamos a envelhecer? Ou melhor, quando nos damos conta disso?
      Uma pista é quando nos lembramos dos erros e acertos passados e não entendemos como lhes dávamos tanta importância, como podíamos sofrer por "aquilo", como podia parecer tão bom!
          Você já experimentou comer um doce que comia na infância e adorava e não sentir prazer algum? É porque boa era a infância, o momento, a vida e não o doce.
          Assim acontece com os príncipes e as princesas encantadas. Passado muito tempo concluímos que eles e elas não tinham nada de especial, nem beijavam direito, nem sabiam dançar, nem diziam coisas interessantes ou inteligentes, nem tão bonitos eram. Por que então tanto desejo, tanto sofrimento, tantas lágrimas?
          Parece que outro atributo que adquirimos com o passar do tempo é o critério de exigências cada vez maior. Com a maturidade a tolerância diminui, já não fazemos "vista grossa" para os deslizes e não é qualquer agradinho que nos seduz.
           Deve ser a lei da compensação. Se já não sentimos como antes, se já não amamos e odiamos como outrora, se nossas lágrimas se reservam para os grandes motivos ou as grandes emoções, pelo menos não nos sujeitamos a parceiros medíocres, relaxados, de humor duvidoso e beijos insossos.
          A natureza é sábia e está sempre certa. Os que a contrariam, ou tentam contrariá-la, enganando-se e pensando enganar os outros é que acabam por se dar mal.
          A razão aumenta e a emoção diminui. É a lei da vida.
         Sem dúvida dá mais trabalho conquistar um (a) parceiro (a) maduro, entretanto, quando se consegue... vale muito a pena!








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