Não vou mais argumentar contra o Dia Internacional da
Mulher, tampouco questionar a necessidade dele. Já que existe, vamos
usufruí-lo!
Nesse ano, todavia, minha homenagem não será dirigida às
mártires, às heroínas, tampouco às santas, ou às fúteis, enfim, em 2013 quero
reverenciar as mulheres “normais”. É claro que o termo não está sendo usado no
sentido patológico, apesar de que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”.
Optei por destacar aquelas mulheres medianas, comuns, de
verdade.
As que vivem de dieta, as que se desesperam diante do
espelho ou nos provadores das lojas. As que compram e se arrependem, também as
que se arrependem porque não compraram.
Aquelas mulheres que cumprem jornada dupla, ou tripla e
chegam em casa com os pés doloridos dentro do sapato de salto alto, jogam a
bolsa pesada num canto e tudo o que queriam era uma banheira de espuma e uma
boa massagem. Mas, ao invés disso, mais trabalho a espera. Quando têm filhos
então, além das carências, tem as brigas, as implicâncias, as teimosias. Depois
de tudo solucionado, ainda vem a culpa por não ter feito melhor.
Parabéns às bravas mulheres que vivem lendo rótulos,
experimentando soluções milagrosas, brigando com a balança, adiando sonhos,
mudando planos, colocando-se no final da fila das prioridades, mesmo assim numa
cobrança eterna, como se estivessem sempre em dívida com todo mundo e consigo
mesmas.
Um abraço especial a todas as mulheres que ainda não
perderam a esperança de encontrar “esse cara”, ou que o tem em casa e não se
deram conta de que é ele mesmo.
Minha solidariedade às mulheres que tentam, experimentam,
não desistem, não se entregam, sempre buscando um nirvana inatingível, com tudo
perfeito, do jeitinho que sonharam e que buscam atalhos para chegar lá,
retomando a empreitada quantas vezes forem necessárias.
Hoje, que cada uma lute a sua batalha, seja ela contra o
espelho, a balança, o saldo, o amado, a rival, a sogra, a nora, o que for!
Tentem ser felizes e curtir as homenagens, porque nos outros dias do ano elas
não são muito comuns.
Ainda bem que criaram um dia para que aumentem nossas
probabilidades de receber reconhecimento e flores!
PS.: Dedico esse texto à minha nora SIMONE, pela estreita convivência que tenho com ela (e que está sempre me cobrando que eu a "elogio pouco" nos meus textos) e à LIZIANE, pelo prestígio que ela me confere, sendo uma leitora assídua deste blog.
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