quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MÍDIA ELETRÔNICA



              A mídia é tudo de bom e pode ser tudo de ruim também.
              Explico.
              É muito bom poder contar com ela para nos inteirarmos de assuntos aos quais não teríamos acesso de outra forma. Todavia, poucos cursos precisam exigir tanto da disciplina de Ética quanto o jornalismo. Porque ética não é deixar de dar a notícia, mas a forma como é dada e a maneira como acusa ou envolve as partes envolvidas. Sensacionalismo barato para vender jornal ou revista quase sempre carece de profundidade, quando não de veracidade (sem falar na redação, frequentemente problemática).
               A mídia eletrônica funciona quase como uma fotografia, os fatos podem ser divulgados com uma rapidez incrível e o alcance é ainda maior, porque gratuito. Neste caso, a responsabilidade aumenta, ou deveria aumentar.
                Sabemos o quanto uma calúnia, uma mentira espalhada aos quatro ventos pode destruir uma pessoa, uma família, uma empresa. E uma mentira divulgada por quem não mostra a cara, nem assina, deveria ser mais facilmente ignorada, pois só os covardes agem assim e estes não merecem credibilidade.
                Sou cronista, escrevo sobre os assuntos do momento, mas me abstenho de escrever sobre alguns casos em pauta na mídia, seja por falta de comprovação, seja porque alguns me deixam extremamente revoltada e acabo perdendo as estribeiras e fazendo declarações intempestivas.
                Por outro lado, mais de sessenta milhões de pessoas votam no BBB e bem poucas dessas já leram um livro na vida.   Algumas redes sociais também me surpreendem. Dia desses  li, num jornal local, as frases que o milionário Eike Batista (e outros famosos) deixam no Twiter e fiquei perplexa. Como criaturas tão bobas tão vazias, tão... conseguem ganhar tanta fama e dinheiro?!
                 Bem, se eles têm tanto sucesso certamente é porque tem gente que gosta e que lê. Assim como ajudam os programas de confinamento a se tornarem cada vez mais famosos.
                Isso me entristece. Com tantos livros maravilhosos, tantos blogues bem fundamentados, tanto jornal bom, o brasileiro só quer saber de escândalos, violências, crueldades, acusações, falcatruas. Depois ainda se queixa dos políticos que elege.
                 Não se ofenda, por favor! Se você está aqui é porque é diferente.
                 O boom da mídia eletrônica passou, agora temos que nos organizar para usá-la em nosso proveito e da sociedade, para que não deixe de valer a pena.



Nenhum comentário: