quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

GENETICAMENTE FALANDO

     Num país tropical e miscigenado como o nosso, falar em raças, biótipos, heranças genéticas pode parecer utopia. Mesmo assim vou arriscar.
      Minha família, do extremo sul do Brasil, como tantas outras é oriunda de um mix racial no mínimo curioso. Bisavós alemães de um lado, trigueiros de outro, espanhóis na maioria, casei com um descendente de italianos, portugueses e franceses e deu no que deu: três guris cheios de charme, cada um com uma cor de cabelo e olhos, mais altos e mais bonitos que os pais. Meus netos já são produtos (lindos!) da miscigenação com outras famílias e assim vai se formando a descendência, com caracteres físicos e psicológicos herdados dos antepassados e adquiridos com a educação que recebem e com o meio onde vivem. Como todo mundo.
     Meu atual marido é muito alto e muito magro. Fisicamente não formamos um belo casal, pois temos compleições bem distintas, mas é só por fora que somos diferentes, temos muitas e valiosas afinidades. Se tivesse tido filhos com ele certamente as filhas me agradeceriam os genes da magreza e os filhos os da estatura. 
     Esse assunto ocupou meus pensamentos no dia de hoje em virtude de cenas que presenciei na praia. Já falei que os maiôs inteiros estão abolidos (só eu uso) e que a falta de senso crítico permite que barrigas medonhas pulem para fora dos biquínis. 
     Nesta manhã, especialmente, no guarda-sol ao lado havia um trio de senhoras solidamente constituídas, arrochadas em biquínis onde não deveria caber a metade daquele tecido adiposo, alimentando-se o tempo todo de frutas.
     Do outro lado, beldades argentinas com tudo no lugar encharcavam-se de caipirinha e cerveja, não deixando passar um queijo ou milho sem experimentar.
       E então, a tal genética faz ou não faz diferença?
      Claro que dá para driblar um pouco, quando se sabe que existe uma tendência familiar para o excesso de gostosura (quem terá inventado essa bobagem?). Agora, pensar que passando fome ou se matando nas academias, vai conseguir ser o primeiro magro da família... aí já é demais né?!
      Por que tenho voltado tanto a esse tema? Porque é verão, os corpos vivem à mostra e não dá para comentar sobre casacos e cachecóis.
      Belos corpos, belos cabelos, belos biquínis, outros nem tanto, casais bonitos, feios, altos, baixos, gordos, magros, loiros, morenos, ruivos, negros... o que vale, amorosa e humanamente falando é o "recheio"! Isso é que conta, que fica e que a vida não desgasta nem destrói.
       Em forma ou não, vamos curtir bem este final de verão porque, pelas notícias do continente europeu, o Inverno vai ser de renguear cusco!

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu também tenho preferido o maiô, apesar de o marido se intrometer e dizer que prefere biquíni. Que mania têm os homens de opinarem negativamente sobre as roupas das esposas! Abraços, Elizabete