Não, não me refiro à virilidade ou à capacidade sexual dos homens. É bem mais do que isso.
Quero me reportar às tantas vezes que vemos as coisas erradas, sabemos como arrumar e ficamos de mãos atadas, em nome das convenções, dos direitos, das desculpas e de não sei quantas coisas mais.
Uma educadora vive de educar, sabe educar, aprende dia a dia como educar melhor e colhe seus louros pela vida, quando encontra seus educandos e recebe deles a melhor recompensa - vê-los encaminhados, adaptados, conquistando e valorizando suas conquistas sem atropelar ninguém.
Quem não tem na vida seres especiais? Pedacinhos de amor pelos quais daríamos a própria vida?
E quando os vemos precisando tanto do que fazemos melhor e não conseguimos ajudá-los pelo egoísmo de quem deveria querer o melhor para eles?
Como professora, só não consegui um bom salário, porque meus objetivos foram sempre atingidos e ensinei tudo o que eu sabia e até mais, da melhor forma, sem desistir, até conseguir ver meus pupilos triunfarem.
Pois a mesquinharia de seres pequenos, limitados, inseguros me impedem de fazer o melhor por quem eu mais queria e para quem meus conhecimentos mais fazem falta.
Como pedir a um sapateiro que conserte um piano? A um verdureiro que execute uma sinfonia?
Por que impedir uma criança de ter acesso à chave que abriria para ela o tesouro do conhecimento, que lhe mostraria o melhor caminho, que a ajudaria a vencer seus medos, que a desafiaria a vencer mais e mais obstáculos?
Em nome de quê negar a um pequenino o auxílio correto para suas dúvidas e seus temores?
Triste é essa sensação de impotência que paralisa a gente e nos transforma em meros espectadores de um teatro macabro e cruel, onde o vilão sacrifica quem quer que ouse pedir ajuda a seu opositor.
Quem vencerá? Ninguém.
Quem perderá? A criança, é claro.
Um comentário:
Quando crianças, neste perverso mundo em que vivemos, são usadas para fins espúrios, como satisfazer o apetite sexual de pedófilos ou gerar lucro fácil para os traficantes da prostituição infantil, um depoimenteo como esse deveria ser veiculado como Editorial em um dos mais importante jornais do páis. Mas isso é impossível, porque tão preciosos espaços já estão a serviço dos poderosos de todas as formas de poder,vendidos como quem vende a própria consicência. Sou jornalista e me orgulho da profissão, mas morro de vergonha da mídia de meu país, salvo as honrosas exceções, existentes em maior número nas médias e pequenas cidades do brasileiras.
Parabéns, amiga Maria Luiza. Fique tranquila, que os atrados do salário digno de professora, que nunca lhe pagaram, serão recompensados no vida eterna.
Bj no coração
Lino Tavares
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