sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

QUESTÃO DE GOSTO.

               Fugi. Fugimos. E recomeçamos a ser nós mesmos, no nosso ritmo, com nossos interesses e gostos próprios da idade.
               Claro que os problemas ficaram em banho-maria. E que estarão lá, do mesmo jeito (na melhor das hipóteses) quando voltarmos. Só que, até lá, vamos recarregando nossas baterias para podermos ajudar de forma mais efetiva.
                Já fui uma carnavalesca convicta, foliã incansável, movida a Guaraná. Mais tarde, um pouquinho de álcool garantia a animação (uísque com guaraná, para desespero dos donos da garrafa). Minha defesa era que a minha porção do uísque eu poderia tomar do meu jeito, puro ou misturado com o que eu quisesse. Mas cadê que eles aceitavam???
                Bem, sempre me envolvi com homens (apenas dois) que detestavam carnaval,  até que fui ficando mais velha, desaprovando alguns costumes "modernos", temendo a violência e os efeitos devastadores dos maus bebuns e acabei me tornando mais uma "carnavalesca da poltrona". Mais seguro, mais barato, menos cansativo.
                Quem sabe a incursão da nova geração nos bailes infantis me traga de volta aos salões? Não sei, por enquanto prefiro fugir, fazer um retiro, descansar.
                 Prudentemente, peguei a estrada no meio da tarde,  na tentativa de fugir dos congestionamentos, afinal, Carnaval em Floripa sabe como é! O trânsito já estava muito lento, ainda bem que o percurso era curto. No dobro do tempo chegamos e isso é o que importa afinal.
                 Agora, na sacada do apartamento, diante da Serra do Tabuleiro, diante de uma paisagem estonteante, eu me pergunto: - Por que tanta gente insiste em morar nas grandes cidades, vivendo uma subvida, quando tão perto dali poderiam viver em paz, com comida e segurança?
                 Depois de um calor sufocante, agora uma chuvinha fina espalha-se sobre os  morros e árvores (as quaresmeiras floridas!), perfumando mais ainda este lugar verdadeiramente paradisíaco. A Imperatriz não era boba não! Aqui veio tomar seus banhos e limpar sua pele. Bela escolha!
                 Depois de sofrer com a construção de um prédio na minha janela, finalmente vou acordar com o canto dos pássaros (tantos!) por alguns dias.
                 Não é pouca coisa!

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