quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EDELWEISS

               A música que compunha  a trilha sonora do meu blog não fora uma escolha aleatória. Como também não o foram as músicas de Edith Piaf que a antecederam. Para vocês, que me honram com suas presenças, escolhia sempre aquilo de que mais gostava, que mexia mais com minha sensibilidade, que me emocionava. Acontece que a música deixava o blog muito pesado e minha amiga Jeanne (que me ajuda nessa parte) achou por bem retirá-la.
               Já fui chorona, não sou mais. Chorava de raiva, de indignação, no meio de discussões onde achava que tinha razão e estava sendo incompreendida.
               Por amores chorei pouco. Pouco demais até.
              Por perdas chorei bastante, inclusive penso que foi nessas ocasiões que gastei minhas lágrimas.
              Pois hoje de manhã, brincando com a Bruninha, sem mais nem menos, chorei. Não foi por nada, pois ainda não cheguei neste estágio de caduquice, sei bem a razão. Tinha colocado o filme "A noviça rebelde" para ela  ouvir e ver as crianças Von Trapp cantando, já que Bruna é muito musical e eu a estimulo a desenvolver seu ritmo e musicalidade ao máximo.
              Bem, este é, sem sombra de dúvida, meu filme preferido, talvez o único a que já tenha assistido milhares de vezes sem cansar. Ele reúne os ingredientes que mais prezo: música, crianças, romance, paisagens europeias, dança, beleza em todos os lugares.
              Pois bem, na hora em que as crianças surpreendem o pai cantando pela primeira vez - lindamente - e ele as acompanha com aquela voz (e aqueles olhos!)... ai, ai... (suspiro), as lágrimas correram soltas, pois a beleza da cena deixou tudo tão perfeito que não resisti.
               Lágrimas de beleza... essas são as que verto com maior frequência.
            Se leio os jornais, se ouço os noticiários, teria muitos motivos para chorar de indignação, de revolta, de medo, de desesperança. Coisas dessa politicalha torpe.
                Mas por ela não vou chorar. Nunca!
                Minhas lágrimas, doces e bailarinas, reservo ao Christopher Plummer.
                E que Deus nos ajude!


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