A música que compunha a trilha sonora do meu blog não fora uma escolha aleatória. Como também não o foram as músicas de Edith Piaf que a antecederam. Para vocês, que me honram com suas presenças, escolhia sempre aquilo de que mais gostava, que mexia mais com minha sensibilidade, que me emocionava. Acontece que a música deixava o blog muito pesado e minha amiga Jeanne (que me ajuda nessa parte) achou por bem retirá-la.
Já fui chorona, não sou mais. Chorava de raiva, de indignação, no meio de discussões onde achava que tinha razão e estava sendo incompreendida.
Por amores chorei pouco. Pouco demais até.
Por perdas chorei bastante, inclusive penso que foi nessas ocasiões que gastei minhas lágrimas.
Pois hoje de manhã, brincando com a Bruninha, sem mais nem menos, chorei. Não foi por nada, pois ainda não cheguei neste estágio de caduquice, sei bem a razão. Tinha colocado o filme "A noviça rebelde" para ela ouvir e ver as crianças Von Trapp cantando, já que Bruna é muito musical e eu a estimulo a desenvolver seu ritmo e musicalidade ao máximo.
Bem, este é, sem sombra de dúvida, meu filme preferido, talvez o único a que já tenha assistido milhares de vezes sem cansar. Ele reúne os ingredientes que mais prezo: música, crianças, romance, paisagens europeias, dança, beleza em todos os lugares.
Pois bem, na hora em que as crianças surpreendem o pai cantando pela primeira vez - lindamente - e ele as acompanha com aquela voz (e aqueles olhos!)... ai, ai... (suspiro), as lágrimas correram soltas, pois a beleza da cena deixou tudo tão perfeito que não resisti.
Lágrimas de beleza... essas são as que verto com maior frequência.
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