sábado, 19 de fevereiro de 2022

VACINA PARA CRIANÇAS

  

                     Não sou pediatra, nem especialista em vacinas. Sou apenas uma avó que ama seus netos e procura se informar o melhor possível.

                   Estamos atravessando uma grande pandemia que, até agora, já matou mais de 600 mil pessoas no Brasil e quase 6 milhões no mundo. Não são números apenas. Quem perdeu alguém próximo sabe muito bem disso.

                 No Brasil, já foram registrados 1400 óbitos de crianças de zero a 11 anos, além das que sobreviveram e ficaram com sequelas. A Covid-19 é traiçoeira e muito mais grave para as pessoas que não foram vacinadas.

             Sabemos que existe uma corrente antivacina que já fez com que doenças erradicadas voltassem a assombrar, como o sarampo e a poliomielite. Essas pessoas prestam um grande desserviço à humanidade.

                Sabemos também que, de modo geral, as vacinas são longamente testadas antes de serem aprovadas para o uso. E só não sabe quem não quer que, dessa vez, nossos cientistas e pesquisadores precisaram correr bem mais a fim de que a mortandade de gente pudesse ser refreada. Você, que está lendo isso, talvez tenha sido poupado por essas descobertas céleres e pelas pessoas que se vacinaram. Mesmo assim, todas as vacinas aprovadas pela ANVISA passaram por rigorosas etapas de teste, aqui e no país onde foram criadas.

                   Minha mãe, com mais de 102 anos, pegou Covid e passou bem por ela, graças às duas doses da Coronavac e uma da Pfizer. Será que minhas netas, de 6 e 8 anos, teriam menos resistência que ela? E como será na escola? Tantas crianças e professoras vindas de todos os lugares. Máscaras mal posicionadas, suadas, mãos nem sempre limpas, material escolar compartilhado, enfim, muita insegurança na volta às aulas presenciais. Aliás, minhas netas tiveram aulas presenciais o ano de 2021 inteiro, só que ainda não havia a variante Ômicron.

               Penso que os pais devem decidir o que é melhor para seus filhos, no entanto, devem procurar se informar em fontes confiáveis, de gente que realmente entende de vacinas e de crianças.

                 Aqui, na nossa família, as primeiras a terem sintomas foram as crianças menores, que frequentavam o parquinho, a praia e a piscina e ainda não sabem se higienizar adequadamente. E foram passando para os adultos e também para os idosos. Se não estivessem todos com a vacinação completa poderia ter sido uma tragédia familiar.

              Quanto mais vacinas, menos circulação do vírus e menos riscos de ele sofrer mutações tentando invalidar a proteção das vacinas.

               A vacina da gripe, por exemplo, é aplicada em crianças a partir dos 6 meses de idade. Por que com a vacina pediátrica contra a Covid seria diferente? Porque não teve anos de testes? Mas a vacina da gripe é atualizada todos os anos.

              Penso que, mais uma vez, uma questão de saúde virou política e, como sempre, lados opostos procuram defender e atacar a única arma de que dispomos para nos proteger e proteger nossa família.

                Isso é lamentável. 


 

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