Já houve um tempo (vide meu primeiro livro de crônicas) em que eu
me entusiasmava escrevendo no dia dedicado às mulheres, como forma de
contribuir com uma injustiça histórica.
Hoje, ainda não consigo me furtar a escrever, só que reconheço nuances
distintas no papel e nas próprias mulheres.
Para quem me conhece há pouco tempo, devo esclarecer que sou a única filha
mulher dos meus pais e que tive três filhos homens. Vivi num "paraíso de
cuecas" até nascer minha primeira netinha há oito anos. E depois mais duas
princesinhas!
Só que fui privilegiada por ter nascido em uma família em que as mulheres
(quiçá porque raras) sempre foram consideradas as princesas e rainhas de todas
as festas.
Que o mundo é das mulheres - quantitativa e qualitativamente - não é mais
nenhuma novidade. Só que, no quesito "qualidade", as exceções à regra
são de arrepiar! Mulher, quando é ruim, é péssima!
No
momento, só nascem mulheres! Só vejo carrinhos cor-de-rosa nas ruas! No
corredor da maternidade em
que Bruna nasceu havia nove meninas e apenas um garotinho. Nas
turmas do colégio das três a supremacia numérica das menininhas é gritante.
Parece que no Dia das Mulheres as maiores homenageadas são e serão as
mulheres-fortaleza, as mulheres-resistência, as mulheres empreendedoras. Ou,
então, as mulheres lindas, gostosas, tipo arrasa quarteirão.
Eu, como mulher, quero aproveitar este espaço para parabenizar as mulheres
feias, bonitas e razoáveis. Batalhadoras, decididas e, sobretudo, confiáveis,
meigas, femininas, inteligentes, capazes, sinceras e cordiais. Existem!
Existem mesmo! Eu conheço várias! Ainda bem!
Somos mais
numericamente. E, ainda assim, há menos traficantes, assaltantes,
sequestradoras, terroristas entre nós. Por que será?
Homens, não esqueçam que vocês são visuais e nós, auditivas. Não economizem nos
elogios! A gente gosta e sempre merece algum.
Além disso, mulher jamais esquece o homem que a faz rir.
A dica é de graça.
Aproveite!
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