Nunca fui de
grandes sonhos ou ambições. Meu estilo é mais “pé no chão”, embora aprecie
demais quando consigo concretizar um projeto, ou realizar algo que é importante
para mim.
Sempre quis
escrever um livro. Agora, que já escrevi dois, quero escrever muitos mais. Não
é fácil escrever, porque precisamos nos virar do avesso e rebuscar em cantos
obscuros coisas que, à primeira vista, poderiam passar despercebidas. Todos os
livros têm uma parcela autobiográfica, a menos que sejam escritos por robôs.
Tentamos nos eximir da escritura, fugimos do óbvio e do reconhecível, mas
estamos lá, indubitavelmente.
Nas crônicas nossa
presença é mais facilmente detectada, uma vez que escrevemos sobre assuntos
atuais e somos compelidos a manifestar nossa opinião sobre eles.
Nos contos,
novelas, romances já não há essa exigência de personalizá-los e nos iludimos
achando que conseguimos escapar ilesos daquela história que não sucedeu conosco
e não nos diz respeito. Ledo engano. Bem ou mal disfarçado, muito ou pouco, lá
está o autor, onipresente no que brota da sua imaginação e ele traduz em letras,
para ser lido.
Recentemente tive
a alegria e a emoção de autografar meu segundo livro “solo” em meio aos
parentes e amigos, alguns que eu não via há muito tempo. É emocionante ver como
a amizade ficou guardada em caixas à prova de tempo e de distância e se mostrou
intacta, sorridente, amorosa, como se os anos não tivessem passado e como se
ainda usássemos aquela mesma saia azul plissada e aquela mesma blusa branca.
Penso que os
amores e as amizades verdadeiras não acabam, podem até se disfarçar de
sentimentos outros, mas, quando revelados, mostram bem sua força.
Obrigada amigos
queridos pela presença, pelos recados, pela busca do livro onde me encontram
por inteiro, sem disfarces ou censuras, do jeito que costumamos conversar.
Foi muito bom rever,
abraçar e sorrir com vocês!
Minha alma
estava mesmo precisando.
Até a próxima!
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