Que bom que,
aos sessenta anos, não perdi a capacidade de me indignar! E usar minha única
arma – a palavra – para manifestar minha indignação.
Chega de
tapar o sol com a peneira e tentar resolver este caos social com medidas
paliativas, de cima para baixo, do fim para o começo.
Desde quando
os jovens bandidos de quinze, dezesseis, dezessete anos não sabem o que fazem?!
Sabem atirar, abrir e ligar carros, dirigir, votar e até filhos fazem!
E os bandidos
mais velhos, traficantes, ladrões, assassinos, terroristas, será que é por fome
ou por falta de oportunidades que estão no crime, ou porque querem tudo de mão
beijada, sem precisar madrugar, estudar e trabalhar anos a fio, ganhando pouco?
Por que
pessoas sem os mínimos recursos e sem responsabilidade colocam filhos no mundo
e o ônus é nosso? Até pílulas e vasectomia o Governo distribui de graça! Eles
exibem o bebê, assim como fazem com os filhotinhos de animais domésticos,
enquanto são pequenininhos, engraçadinhos, depois cansam, enjoam e jogam na
vida para se virar.
Os defensores
dos “direitos humanos” tratam o problema como se só existissem pessoas
extremamente ricas, dessas cheias de iates, carrões, mansões e, do outro lado, favelados.
E esquecem que quem paga o preço de todos os desmandos, na verdade, é a classe
média, a classe trabalhadora, que estuda, educa os filhos, trabalha e vive
acuada, perdendo o pouco que conseguiu conquistar na vida na mira de um
revólver. Estas são as verdadeiras vítimas, pois não dispõem de alarmes,
seguranças e proteção policial.
A gente faz
os filhos estudarem, aprenderem uma segunda língua, praticarem esportes,
repetirem sempre as “palavrinhas mágicas” da boa educação e daí vem um “menor”
que nunca ouviu um “não”, dormiu o tempo que quis, roubou o que desejou
possuir, usou drogas, traficou e agora está se especializando em matar e acaba com
todo o esforço e os sonhos da pobre família da classe média!
Pobreza não é
desculpa, preconceito também não – o Ministro do Supremo Tribunal Federal que o
diga!
Você vai
ficar aí, de braços cruzados, vendo seus pequenos sonhos ruírem?
Vamos nos
mexer, nos mobilizar e lutar pelo que conquistamos! Sem injustiças, sem armas,
sem truculência, mas com JUSTIÇA! Que os pobres vençam na vida, não passem
fome, realizem seus sonhos, mas bandido
não!
Tem tanta
gente aprendendo, descobrindo, ajudando, enquanto outros só pensam roubar,
matar, machucar e tornar essa gente batalhadora refém de suas armas e da sua
maldade.
Chega de
bolsas, indultos, visitas íntimas, regalias! Não é isso que recupera bandido! O
que recupera é trabalho, plantar para poder comer, aprender uma profissão, seguir
uma religião que resgate ou ensine valores reais. De nada adianta construir
mais e mais cadeias se elas funcionam como escritório do crime, da corrupção,
da vilania humana. Menos cadeias e mais seguras, mais higiênicas e mais
produtivas. O preso é que limpa, planta, colhe, cozinha, costura, pinta,
constrói, estuda, reza e aprende o que nunca lhe foi ensinado.
Aos
incorrigíveis bandidos, aqueles maus até a medula – masmorra!
Como falou a
personagem Morena da novela “Salve Jorge!”:
“A PESSOA NÃO ESCOLHE ONDE NASCE, MAS
ESCOLHE AONDE QUER CHEGAR!”
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