Este conto acaba de receber o PRIMEIRO LUGAR no Concurso de contos infanto juvenis da editora Guemanisse.
Bruna, minha netinha de 4 anos, foi a responsável pela idéia central do mesmo, inclusive pelos nomes dos personagens.
Pirueta era uma
linda conchinha cor de rosa que vivia numa praia cheia de peixes, conchinhas e
estrelas do mar.
Sua mãe tinha
sido uma grande bailarina e ela também adorava dançar!
Como conseguia
respirar dentro e fora da água, Pirueta dançava na areia e também em cima das
ondas.
Só tinha um
probleminha que a entristecia... ela nascera com três perninhas, ao invés de
duas e, por essa razão, não encontrava sapatilhas de balé para todos os seus
pezinhos.
Quando queria
dançar bem na pontinha dos pés precisava ficar trocando a sapatilha de um pé
para o outro, uma vez que só encontrava sapatilhas aos pares, de duas em duas.
Seus amigos a
consolavam dizendo que o importante era ela saber dançar, mas a conchinha ficava
triste ao ver um de seus pezinhos de fora.
Mamãe concha
recomendava que Pirueta nunca mergulhasse muito fundo, pois lá vivam os
tubarões, os grandes peixes e os polvos assustadores.
Num belo dia,
quando a conchinha dançava e brincava com seus melhores amigos: o peixinho
Lineo e a estrela do mar Lalinha, Pirueta foi mergulhando, mergulhando para brincar
de esconde-esconde, até que se perdeu.
Nadou entre os
corais, perguntou para vários peixinhos e nada de encontrar seus amigos, ou o
caminho de volta para sua casa.
Começou a ficar
com medo e a lembrar de tudo o que mamãe concha dizia existir no fundo do mar.
Para não se afastar ainda mais, sentou-se numa pedra e ficou ali quietinha,
rezando para alguém aparecer e ajudá-la.
De repente, a
água do mar se agitou e formou um
redemoinho bem na sua frente. Pirueta se encolheu de pavor, pois não sabia o
que ia acontecer.
Então, daquelas
ondas enormes saiu uma linda fada em forma de sereia, com longos cabelos
vermelhos e uma varinha de condão igualzinha a uma estrela.
A fada
aproximou-se da conchinha e falou:
- Pirueta, você
vai voltar para a praia agora mesmo e não vai mais desobedecer a sua mamãe!
Quando chegar lá, terá uma surpresa lhe esperando. Vá! É por ali! Não demore!
As águas se
afastaram e formaram um túnel para a conchinha passar. Rapidinho ela chegou à
praia e pôde abraçar sua mãe e seus amigos.
Em cima de uma
grande pedra surgiu um pacotinho brilhante, com seu nome escrito em letras
douradas: PIRUETA.
A conchinha
correu para abri-lo e encontrou três lindas sapatilhas cor-de-rosa,
iguaizinhas, do tamanho dos seus pés. Ficou muito feliz! Colocou logo as
sapatilhas e saiu a dançar.
Seus amigos
formaram uma orquestra para acompanhá-la.
O tubarão
martelo tocava bateria, o lobo marinho marcava o compasso com o pé, a estrela
do mar tocava piano, o peixinho Lineo era bom na flauta, mamãe concha tocava
violino e as conchinhas todas cantavam.
Pirueta
rodopiava com suas três sapatilhas, dentro e fora da água, sentindo o sabor do
sal e do vento. Estava muito feliz!
Refletida na
água, junto à luz dourada do sol, apareceu uma cabeleira vermelha acenando para
ela e aplaudindo sua alegria e sua dança.
A conchinha então
fez um arabesque caprichado, dobrou os joelhos, num agradecimento gracioso para
a sua fada madrinha e voltou a dançar!
3 comentários:
Lindo!!!! Quase via a sereia de cabelos vermelhos. Parabéns pela delicadeza do enredo!!! Abraço, Gilka Coimbra
Ah, eu li o texto no E-mail, ficou mesmo lindo. Quero parabenizá-la mais uma vez pelo prêmio e estender os meus parabéns para a sua netinha que certamente está muito orgulhosa. rsrs bjs.
Linda... Devemos ter sempre em nossa vida,
contos de fada, porque isso nos traz a beleza das crianças que nunca deve morrer em nós...
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