quarta-feira, 4 de maio de 2016

MATER DOLOROSA



                          Na semana dedicada às Mães, uma homenagem especial às mães que perderam seus filhos e aos filhos que perderam suas mães. Que consigam preservar os bons momentos, as boas lembranças para suportar esse dia!
                        Lembrando também das pobres mães que assistiram seus filhos serem decapitados ou fuzilados pelos fanáticos e que morreram muito ali, junto com eles.
                        Uma prece pelas mães da Síria, cujos filhos não sobreviveram e a tantos filhos órfãos, machucados e assustados, sofrendo entre estranhos.
                       Não podemos esquecer as mães angustiadas, dilaceradas diante do sequestro dos filhos e das que vivem em vigília pela proteção da sua prole, rezando para que nada de mal os alcance nesse mundo tão violento.
                       Um carinho especial às mães que sofrem caladas, penitentes, nas cabeceiras dos filhos enfermos, desejando poder trocar de lugar com eles.
                      Um olhar piedoso às pobres mães que visitam seus filhos nas cadeias, mães sem voz nem vez, que perderam para o apelo das drogas, das más companhias e do dinheiro fácil. Sofridas mães que procuram seus filhos nos pontos de drogas tentando resgatá-los, sem muita chance de sucesso.
                     Rezemos também por uma solução humanitária para a mãe que, numa dor suprema, vê o filho chorar de fome sem nada para lhe oferecer a não ser o pouco calor de seus braços esquálidos.
                    Oremos pelas mães doentes, do corpo e da mente, que perderam as referências, a família, o próprio sentido da vida pelo mal de Alzheimer. E por piedade aos filhos que sofrem por se tornarem estranhos para a própria mãe, numa orfandade em vida muito cruel.
                     Um parêntese para manifestar o repúdio aos “maus filhos da mãe” que, tendo recebido tudo na vida, renegaram o que lhe foi oferecido em casa e na escola e saíram pela vida a trapacear, explorar, bancar o esperto, desviando recursos de tantas pessoas e instituições necessitadas, para seu próprio lucro.
                    Um último olhar às mães esquecidas, abandonadas pelos filhos, jogadas em qualquer canto, à própria sorte, pela ingratidão de quem lhe devia cuidar e amar da mesma forma que foi cuidado e amado por ela. Essas, talvez, sejam as que mais sofrem.
                    Nem todas as mães são felizes.
                    Oremos por elas!





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