quinta-feira, 6 de março de 2014

TIPOS FAMILIARES






É   sabido que a família é uma fonte inesgotável de alegria, aconchego... e neuroses! Dizem até que os psiquiatras e psicólogos morreriam de fome se não existisse a família.
Bem, mas o que importa aqui é tentar tipificar os membros da família, por seu lado mais caricato e também mais generalizador. Quero tentar listar os tipos (ou personagens) mais comuns em todas as famílias. Vamos lá!
O engraçado – é aquele piadista, imitador, sempre requisitado ou lembrado nas festas e encontros familiares.
O deprimido – está sempre triste, procurando assuntos ou notícias que o coloquem mais para baixo.
O bebum – está sempre planejando festas e eventos familiares, sempre com muita bebida, é claro. Quase sempre excede sua cota e, às vezes, torna-se desagradável.
A quituteira – geralmente é mulher, embora nas novas gerações os rapazes cozinhem mais e melhor que as moças. Sempre escolhida para pilotar o fogão, vivendo cheia de elogios, mas com pouca ajuda.
O gastador – está sempre devendo para todo mundo, cheio de empréstimos e com os armários abarrotados de inutilidades. Geralmente tem um apego excessivo aos bens materiais, custando a descartar roupas e sapatos velhos, há anos sem uso.
O pão duro – prefere comer um pão a menos a ver sobrar uma metade. Está sempre anunciando que está mal de vida, temendo um pedido de dinheiro de alguém.
O mão-aberta – oposto ao anterior, ajuda todo mundo e vive estourando seu cheque especial. Não tem apego ao dinheiro, mas precisa de um administrador.
O inconveniente – está sempre inadequadamente vestido, faz o comentário errado, na hora errada e para a pessoa errada, matando a família de vergonha; além de fazer visitas e dar telefonemas nas horas mais impróprias.
O dono-da-verdade – com este não tem diálogo. Ele (ela) monologa sem admitir réplica e jamais considera o ponto-de-vista dos outros.
O desconfiado – para este a gente tem que medir cada gesto, cada palavra, pois ele sempre acha que há uma segunda intenção por trás.
O pedinchão – deste a gente quer distância, pois ele não sabe chegar perto sem pedir alguma coisa, seja objetos, dinheiro, ou favores trabalhosos e totalmente desnecessários.
O chorão – bem, este tem nos dois sentidos. O chorão que vive se queixando da vida, da falta de dinheiro e o chorão que realmente chora por tudo, em todos os lugares e nem tem tanta sensibilidade assim.
O encrenqueiro – esse a gente pensa duas vezes antes de convidar, porque está sempre arrumando confusão, provocando desavenças, brigando à toa.
O quebra-galho – este é emergencial, quase sempre fica um tanto sobrecarregado, porque toda família lembra logo dele quando surge algum pepino.
O seca-pimenteira – literalmente, nem as plantinhas resistem ao seu olhar invejoso, vasculhando cada canto à procura de novidades, fingindo-se observador para poder xeretar tudo.
O demorado – é aquele que a gente precisa mentir o horário para ele chegar menos atrasado. Por mais que se esforce ou prometa, faz tudo com tanta lentidão que nunca dá para terminar em tempo.
O atrasado – consequência do tipo anterior, a gente nunca conta com ele no horário, perde cinema, chega depois da formatura, ou do casamento, não encontra mais ingressos para o show, enfim, ele não consegue ser pontual.
O super sincero – geralmente desagradável, incapaz de um elogio, usa a dita sinceridade apenas para fazer grosserias e ofender os outros.
O falso (fingido) – tem aquele que só é falso para não ferir sensibilidades, que prefere dizer que está tudo bem, tudo bonito do que apontar defeitos e aquele outro que é fingido mesmo, que diz uma coisa na frente e outra quando se vira as costas.

Enfim, existem defeitos de temperamento, que tornam as famílias mais divertidas, porque heterogêneas. Mas existem também os defeitos de caráter. Estes são mais sérios e causam, muitas vezes, a ruína de muitas famílias, porque deixa de ser folclórico quando passa a prejudicar os outros de verdade. Aí não tem graça nenhuma.

Bem, este texto foi pinçado até no cabeleireiro e não está fechado. Conto com você para tipificar outros personagens comuns às famílias. Você se encontrou em algum deles? Lembrou de alguém assim? Com sua colaboração o texto cresce e se enriquece. Certo?!






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