Já
tinha me prometido não emitir mais conceitos ou opiniões taxativas. Até tudo
virar a bagunça que virou.
Fui
criada com noções claras de certo e errado, bom e ruim, feio e bonito.
Depois aprendi que entre o oito e o oitenta existem muitos números. E que o bom
para um pode significar o ruim para outro, que quem ama o feio bonito lhe
parece e por aí afora. Era o relativismo tomando conta de todas as
opiniões.
O
ciúme, por exemplo. Existe o ciúme doentio e outro mais "saudável",
aquele que só se manifesta quando somos realmente invadidos no que temos de
mais precioso.
Não
vou aqui escrever uma dissertação sobre os tipos de ciúme e seu alcance, até
porque este assunto é mais do que batido e qualquer revista
"feminina" volta e meia o traz à tona.
Fico
incomodada com o tipo de ciúme que considero mais absurdo e totalmente sem
propósito: o ciúme do amor entre pais e filhos; avós e netos; irmãos. Este eu
considero patológico, digno de internação.
Mulheres
(e homens!) que vasculham carteiras, bolsos, celulares, computadores do (a) parceiro
(a), no meu entender, assinam uma confissão de incapacidade e baixíssima
auto-estima.
E
de que adianta sentir ciúme, se a "propriedade" em questão fará
sempre suas próprias escolhas, na maioria das vezes em prol de quem for mais
equilibrado, mais sensato, mais gente?
Para
mim, o segredo de tudo está em se ter vida própria, em não se considerar um
apêndice de quem quer que seja, em não depender de permissões de algum ciumento
para viver.
Só
os fracos colocam sua vida e sua felicidade no outro, ou nos outros. E passam a
vida sofrendo e incomodando, disseminando discórdia e ressentimento pelo
caminho.
Ciúme
pra quê?! Onde pretendem chegar alimentando este sentimento? Qual o objetivo
disto? Que bem lhes trará?
Não
sei. Acho que sou muito segura de mim mesma e do que quero para mim. Nunca
padeci de ciúme. Um sofrimento a menos na vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário