segunda-feira, 2 de maio de 2011

ROMÂNTICA SIM, POR QUE NÃO?

           Muita coisa que se atribui à "natureza feminina" na verdade foi ali implantada pela família e pela sociedade desde tenra idade. Desse modo, não saberia dizer com certeza se sou romântica porque sou mulher, porque nasci assim, ou porque minha mãe, minha avó e minhas professoras encheram minha cabeça e meu imaginário de príncipes e princesas tão logo comecei a entender as histórias.
         Fui aia (daminha) em casamentos, desfilei nos concursos de Boneca Viva da cidade, fiz Primeira Comunhão num lindo vestido branco, debutei, casei jovem, virgem e de branco e, com essa história de vida, como querem que eu não admire o casamento de um Príncipe e de uma Princesa de verdade?! Ainda mais que eles são jovens, bonitos e se amam; um prato cheio, portanto, para a sensibilidade feminina da minha geração.
          Desculpem os eternos questionadores de tudo o que é bonito em prol do politicamente correto. Fiz uma pausa nas minhas preocupações sociais, esqueci um pouco as bolsas assistencialistas e não me preocupei com os problemas trabalhistas da Inglaterra. Eu me dei ao direito de achar tudo lindo e só.
          Aquela abadia sólida, medieval, esplendorosa; aquelas crianças de vozes celestes e rostos rosados; aquelas carruagens pintadas a ouro; aqueles cavalos cinematográficos; a guarda real ensaiando madrugadas seguidas para não errar um passo; as fardas dos príncipes, os galões; os chapéus das convidadas ; o sorriso tímido do filho da Lady Di (tão parecido com o do meu Kadu); a plebéia que vira princesa, como nos contos infantis, enfim, eu me permiti sonhar, descansar meus olhos das coisas feias e tristes dos noticiários e dormir em paz, com um sorriso no rosto e uma frase na cabeça: - E eles foram felizes para sempre!
           Tomara!



         

Um comentário:

Jeanne Geyer disse...

Legal. A mãe é romântica, eu nunca fui. quando casei usei o vestido porque ainda não tinha vontade, era a mãe que mandava tudo, mas me achei horrorosa.
Mas acho legal o romantismo.
até teve uma época em que ouvia o Roberto Carlos e chorava,rsrs
pensando em alguém...
Beijos