sábado, 15 de dezembro de 2018

FALTAM VOCAÇÕES!


A Fé é o que pode dar um sentido e uma esperança a esse breve e acidentado inter curso chamado Vida.
Não nascemos para acordar comer, trabalhar e dormir. Não teria sentido um desperdício tão grande de neurônios para desempenhar tão breve missão.
Quando a Fé se torna exagerada temos uma explosão de carolices e fanatismos insípidos e até perigosos. Uns patrulhando a vida alheia e outros matando em nome de seus deuses. Essa Fé é falsa, nefasta e não auxilia em nada a procura do sentido maior para a vida.
Criei meus filhos na Igreja Católica, com todos os sacramentos e missas dominicais. Hoje, eles raramente frequentam a Igreja, o que me entristece. São adultos, não posso obrigá-los, mas sempre deixo um depoimento dizendo que vou à missa porque me faz bem, porque saio melhor e sempre aprendo alguma coisa, ou reflito sobre algo falado no sermão. Parece que a minha semana flui melhor se visito a casa do Pai aos domingos. Gosto daquela paz, daquele silêncio, onde se consegue até pensar.
Minha neta está no segundo ano de catequese para a Primeira Comunhão e é também coroinha. Levanta cedo todos os sábados e passa as manhãs na Igreja. Seus pais já não podem fazer programas nesse dia, nem dormir um pouco mais. Souberam agora que, para o próximo Sacramento – o da Crisma – ela terá mais cinco anos de catequese! Mais cinco anos sem finais de semana e sem a chance de dormir um pouquinho mais de manhã, pois a Catequese é às 8 horas.
Não era assim antigamente e as igrejas católicas vivam cheias, inclusive de jovens e de crianças. Hoje, predominam as cabeças brancas e sobram muitos lugares para sentar nas missas, onde antes precisávamos chegar cedo para não ficarmos o tempo todo em pé.
Faltam padres, faltam freiras, as vocações sacerdotais e religiosas minguaram e os poucos padres ficam assoberbados, rezando muitas missas, atendendo muitos doentes, cansados e, muitas vezes, desmotivados nos sermões. Por que será?!
Eu tenho as minhas conclusões...
Penso que o celibato imposto torna a escolha ainda mais difícil. E que a vida longe de um círculo familiar deixa os religiosos mais amargos, necessitando de uma Fé ainda maior e de sacrifícios imensos.
Geralmente, as vocações sacerdotais e religiosas nasciam em famílias também muito religiosas, onde os pais criavam os filhos rezando muito e cumprindo rigorosamente os ensinamentos de Cristo. Nas famílias de hoje é bem difícil que isso aconteça! A internet está aí ao alcance de todos, com todo tipo de conteúdo para contrapor ao sermão dos padres e dos pais.
Rareiam os padres e proliferam os pastores evangélicos. Por que será? Quantos anos de seminário estuda um padre? O que é preciso para um postulante se tornar pastor? Na Igreja Católica o dízimo é uma quantia irrisória que paga quem quer. E nas missas só se ouve o tilintar de moedinhas nas caixas de coleta durante o ofertório. Por que as pessoas estão preferindo outras religiões? Serão promessas? Discursos mais próximos da realidade do povo? Menos proibições?
Não sei. Lamento que seja assim, frequento um Santuário maravilhoso onde os únicos dois padres são tristes, desmotivados e já não conseguem nos encantar nas missas.
O que será do mundo e dos homens sem Fé?!
Rezem pelas vocações!




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