A Fé
é o que pode dar um sentido e uma esperança a esse breve e acidentado inter curso
chamado Vida.
Não
nascemos para acordar comer, trabalhar e dormir. Não teria sentido um
desperdício tão grande de neurônios para desempenhar tão breve missão.
Quando
a Fé se torna exagerada temos uma explosão de carolices e fanatismos insípidos
e até perigosos. Uns patrulhando a vida alheia e outros matando em nome de seus
deuses. Essa Fé é falsa, nefasta e não auxilia em nada a procura do sentido
maior para a vida.
Criei
meus filhos na Igreja Católica, com todos os sacramentos e missas dominicais.
Hoje, eles raramente frequentam a Igreja, o que me entristece. São adultos, não
posso obrigá-los, mas sempre deixo um depoimento dizendo que vou à missa porque
me faz bem, porque saio melhor e sempre aprendo alguma coisa, ou reflito sobre
algo falado no sermão. Parece que a minha semana flui melhor se visito a casa
do Pai aos domingos. Gosto daquela paz, daquele silêncio, onde se consegue até pensar.
Minha
neta está no segundo ano de catequese para a Primeira Comunhão e é também
coroinha. Levanta cedo todos os sábados e passa as manhãs na Igreja. Seus pais
já não podem fazer programas nesse dia, nem dormir um pouco mais. Souberam
agora que, para o próximo Sacramento – o da Crisma – ela terá mais cinco anos
de catequese! Mais cinco anos sem finais de semana e sem a chance de dormir um
pouquinho mais de manhã, pois a Catequese é às 8 horas.
Não
era assim antigamente e as igrejas católicas vivam cheias, inclusive de jovens
e de crianças. Hoje, predominam as cabeças brancas e sobram muitos lugares para
sentar nas missas, onde antes precisávamos chegar cedo para não ficarmos o
tempo todo em pé.
Faltam
padres, faltam freiras, as vocações sacerdotais e religiosas minguaram e os
poucos padres ficam assoberbados, rezando muitas missas, atendendo muitos
doentes, cansados e, muitas vezes, desmotivados nos sermões. Por que será?!
Eu
tenho as minhas conclusões...
Penso
que o celibato imposto torna a escolha ainda mais difícil. E que a vida longe
de um círculo familiar deixa os religiosos mais amargos, necessitando de uma Fé
ainda maior e de sacrifícios imensos.
Geralmente,
as vocações sacerdotais e religiosas nasciam em famílias também muito
religiosas, onde os pais criavam os filhos rezando muito e cumprindo rigorosamente
os ensinamentos de Cristo. Nas famílias de hoje é bem difícil que isso
aconteça! A internet está aí ao alcance de todos, com todo tipo de conteúdo
para contrapor ao sermão dos padres e dos pais.
Rareiam
os padres e proliferam os pastores evangélicos. Por que será? Quantos anos de
seminário estuda um padre? O que é preciso para um postulante se tornar pastor?
Na Igreja Católica o dízimo é uma quantia irrisória que paga quem quer. E nas
missas só se ouve o tilintar de moedinhas nas caixas de coleta durante o ofertório.
Por que as pessoas estão preferindo outras religiões? Serão promessas?
Discursos mais próximos da realidade do povo? Menos proibições?
Não
sei. Lamento que seja assim, frequento um Santuário maravilhoso onde os únicos dois
padres são tristes, desmotivados e já não conseguem nos encantar nas missas.
O
que será do mundo e dos homens sem Fé?!
Rezem
pelas vocações!
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