Em nossos dias, esta palavra até se
esvaziou um pouco, porque parece que tudo é permitido e temos liberdade
total para fazermos o que quisermos na vida. Menos fumar talvez.
Agora
eu os convido a mergulharmos um pouquinho mais fundo no verdadeiro sentido
da liberdade.
Será
que a verdadeira liberdade é de atos ou de idéias? Quem sabe das duas coisas.
Liberdade
será sinônimo de independência?
Ser
livre é fazer tudo o que se quer, do jeito que se quer, onde se quer e quando
se deseja? Nesse caso, quem será livre de verdade?
Terá
a liberdade parentesco com o egoísmo? Com a inutilidade? Com a solidão?
Tem
gente livre para não fazer nada! Que gosto terá essa liberdade?
Eu acho que nunca fui livre. A não ser dentro da minha cabeça.
Sempre tive que fazer coisas que não gostaria de fazer naquele momento e
deixei de fazer outras tantas que adoraria ter feito.
Como
sempre digo, não vim ao mundo a passeio e estou sempre carregando a família nas
costas. E, é claro, muitas vezes fico louca de vontade de fazer coisas
diferentes, ocupar meu tempo a meu bel prazer, viajar, ser contemplativa,
notívaga e aquelas coisas todas com que sonhei durante os anos à espera da
aposentadoria.
Por
outro lado (sempre tem outro lado), nas raras vezes em que me vejo
"livre", relaxada no sofá lendo ou assistindo TV, começo a
"ouvir o silêncio" e me dou conta de que a solidão também pode ser
barulhenta e asfixiante.
O
que será que fazem as pessoas totalmente livres, donas de seu tempo e de seu
nariz? Será que enjoam? Será que se sentem inúteis, vazias? Ou será que curtem
e não saberiam viver de outra maneira?
Tenho minhas dúvidas...
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